Empresa apresenta modelo de aquaviário

Grupo com sede no Paraná e filial há dois anos em Vitória foi quarta empresa a se apresentar para a Comissão de Infraestrutura. Fotos: Ellen Campanharo.

A Comissão de Infraestrutura fechou nesta quinta (8) o ciclo de debates sobre a reimplantação do sistema aquaviário na Grande Vitória, recebendo o diretor executivo da VJB Navegação e Construção Naval, Bruno Barbiero, que discorreu sobre a empresa e o projeto proposto para atender a região metropolitana do Estado do Espírito Santo.

O colegiado vem discutindo o tema como solução para desafogar o trânsito na Região Metropolitana e a VJB é a quarta empresa a se apresentar. Uma das vantagens do transporte aquaviário seria o menor tempo na travessia entre Vitória, Vila Velha e Cariacica. O colegiado acredita também que a implantação desse meio de transporte não traria prejuízos para o rodoviário.

Segundo o representante, o grupo com sede no Paraná e filial em Vitória há quase dois anos conta com mais de 40 anos de experiência no setor de transporte hidroviário e construção naval. A empresa diz operar travessias de passageiros em seis estados brasileiros e já atuar internacionalmente na travessia Paraguai-Argentina.

O projeto de transporte hidroviário apresentado por Bruno Barbiero para a região metropolitana do Estado do Espírito Santo prevê quatro terminais : Praça do Papa e Centro, em Vitória, Parque da Prainha, em Vila Velha, e Porto de Santana, em Cariacica, todos integrados com o transporte rodoviário. Alguns terminais contariam com estacionamento para carros, motos e bicicletas, banheiro, internet livre, além de segurança e outras comodidades. O ponto do Centro de Vitória contaria só com bicicletário.

Já as embarcações, que suportariam de 150 a 200 pessoas, contariam com banheiro, ar condicionado, acesso livre à internet, coletes e espaço para transporte de animais domésticos e bicicletas.

Outra questão colocada por Bruno é que todo o projeto é focado em preservar e valorizar os espaços urbanos, promover cultura e turismo educacional, além da questão ambiental, já que haverá redução do uso de combustível e de emissão de poluentes.

Para o empresário, a mobilidade urbana é assunto prioritário em todo o mundo, e funciona bem se houver integração entre os modais “ o barco não deixa o passageiro na porta de casa, então o transporte rodoviário é fundamental no processo, tanto no sentido físico como o tarifário”.

Estudos apontam economia de tempo significante, por exemplo, do terminal Praça do Papa para o Parque da Prainha, o menor percurso dos possíveis. O que precisaria de 40 a 50 minutos, de carro ou ônibus, cairia para três minutos na travessia hidroviária.

O presidente da Comissão de Infraestrutura deputado Marcelo Santos (PDT) lembrou que o transporte aquaviário vai diminuir distâncias “e melhorar a condição social das famílias, que poderão estar mais tempo juntas”, destacou o parlamentar.

O relatório final que está sendo elaborado pela Comissão de Infraestrutura, com dados sobre todos os modelos apresentados, será encaminhado ao Executivo para auxiliar no processo de reimplantação do sistema no Estado.

Por Márcia Tourinho.

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