Majeski afirma que não faz sentido reabrir escolas com o quadro atual de contaminação

A intenção do Governo do Estado é em retornar com as aulas presenciais da Rede Estadual de Ensino já em julho ou no começo de agosto | Foto: Leonardo Tononi

O deputado estadual pelo Espírito Santo, Sergio Majeski (PSB), utilizou a sessão virtual desta quarta-feira (24) da Assembleia Legislativa para contrapor a suposta intenção do Governo do Estado em retornar com as aulas presenciais da Rede Estadual de Ensino já em julho ou no começo de agosto.

Para o parlamentar, não faz sentido reabrir escolas com o quadro atual de contaminação pelo novo coronavírus existente no Espírito Santo.

No final do dia, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) informou que as atividades presenciais nas escolas estaduais serão retomadas com rodízio e escalonamento de alunos, mas ainda sem data confirmada.

“Estamos encaminhando uma série de questionamentos à Sedu. A curva continua aumentando, o número de contaminados e mortes só cresce. Diante disso, é um despropósito falar de retorno das aulas presenciais. É claro que é preciso estudar esse retorno desde já, para organizar a rede de ensino. Mas esse momento poderia ser mais bem aproveitado para melhorar o material que é disponibilizado aos alunos, melhorar o acesso dos alunos em termos de tecnologia e capacitar os professores para essa nova demanda”, defendeu Majeski.

Os questionamentos mencionados estão no Requerimento de Informações protocolado por Majeski nesta quinta-feira (25). O documento possui 29 pedidos de esclarecimentos baseados na nota técnica “Considerações sobre medidas de saúde pública relacionadas à escola no contexto da Covid-19”, publicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 10 de maio.

São questões que envolvem segurança e proteção, considerações baseadas na idade dos alunos, as escolas (recursos, infraestrutura e as políticas para educadores e funcionários) e a tendência de evolução da doença no estado.

“Qual o embasamento da Sedu para determinar a reabertura das escolas num futuro próximo? Os questionamentos abrangem pontos essenciais que deverão ser analisados pelo Poder Público antes que seja autorizada a retomada das aulas presenciais nas instituições de ensino”, completa Majeski que é professor, com mais de 30 anos de experiência em sala da aula, e mestre em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo.

Com as aulas presenciais suspensas desde o dia 17 de março, se não houver prorrogação, o decreto em vigor que determina o fechamento das escolas, universidades e faculdades vale até o dia 30 de junho.

Por Léo Junior

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