O deputado Sergio Majeski (PSB) busca ampliação da oferta de ensino técnico no Espírito Santo, em especial, em regiões do interior. Por meio da Indicações 1.250/2021 e 1.272/2021, o parlamentar pede ao governo estadual investimento na área para os municípios de Mantenópolis e Alto Rio Novo, respectivamente.
Segundo o parlamentar, a demanda por cursos técnicos é alta especialmente em municípios que não são atendidos pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), presente em 20 das 78 cidades capixabas. Unidades desse tipo sob gestão estadual foram implantadas, de acordo com Majeski (PSB), apenas em Vila Velha, Baixo Guandu e João Neiva.
“Embora tenha havido a ampliação da oferta nos últimos anos, as informações da base de dados da educação disponíveis no Portal da Transparência indicam que o ensino médio integrado atualmente é ofertado em apenas 49 municípios. Destaco ainda que se arrastam há anos as obras das unidades de Iúna, Viana e Afonso Cláudio, o que trouxe prejuízos às gerações de jovens dessas localidades que não puderam concluir um curso técnico devido a atrasos ocorridos por falhas do poder público”, registra o parlamentar.
Majeski também chama a atenção, na justificativa das indicações, para o abandono e evasão escolar, problemas sérios da educação brasileira. “Dados recentemente disponibilizados no relatório ‘Cenário da Exclusão Escolar no Brasil’, apontam que 78 mil estudantes, entre 6 e 17 anos, deixaram de estudar no estado durante a pandemia, agravando um problema de abandono e evasão dos estudos já existente”, afirma.
Para ele, “uma estratégia de retomada do crescimento da economia obrigatoriamente deverá estabelecer o investimento prioritário na educação básica e na qualificação dos jovens, o que, consequentemente, deverá incluir a expansão do ensino técnico por todo o estado, observando principalmente as necessidades de qualificação de cada região”.
Por conta do potencial agrícola dos municípios de Mantenópolis e Alto Rio Novo, o parlamentar opina que a implantação de um curso técnico em agronegócio deve contribuir para o crescimento das atividades já desenvolvidas nos municípios, como a agropecuária.
Por Gabriela Zorzal
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