Mudas de café conilon são produzidas por unidade prisional de Viana

O projeto passou a ser desenvolvido no mês de setembro | Foto: Divulgação

Internos e internas da Penitenciária de Segurança Média 2, no Complexo de Viana, na região metropolitana do Espírito Santo, trabalham diariamente na produção de 30 mil mudas de café conilon, variedade Conquista, por meio de uma parceria firmada com a Prefeitura de Viana e a Secretaria da Justiça (Sejus). A proposta é que as mudas sejam doadas a pequenos agricultores do município como uma alternativa de aumentar a renda familiar.

O projeto passou a ser desenvolvido no mês de setembro, com a mão de obra de cinco internos e internas que atuam no manejo da terra e no plantio das sementes, com orientação da equipe técnica do município e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). A variedade de café conilon é resistente e suporta bem as altas temperaturas e a insolação.

De acordo com o secretário de Agricultura da Prefeitura de Viana, Antonio Cesar Lázaro, cada produtor poderá obter até mil mudas de café para plantio, o que irá beneficiar cerca de 30 famílias. “A proposta é levar essas mudas para os pequenos produtores rurais de Viana, utilizando a mão de obra de internos. É um trabalho importante para o município por favorecer nosso pequeno produtor rural. Eles poderão adquirir mudas de café para plantar e, assim, ter uma renda a mais em sua propriedade”, afirmou.

Para o diretor da unidade prisional, Dantas Campostrini Vieira, o projeto auxilia na ressocialização. “A importância deste projeto é o de possibilitar que internos e internas entendam a proposta de fazer escolhas assertivas e diferentes. Durante todo o período de trabalho, há a remissão da pena, quando a cada três dias trabalhados é possível obter um dia de remição. Isso possibilita a reintegração, a ressocialização, a construção de habilidades e competências que proporcionam mais condições de inserção na sociedade e no mercado de trabalho”, destacou Dantas.

Diego Ribeiro de França participa do projeto. “É a primeira vez que estou trabalhando com mudas e está sendo uma grande experiência. Mexer com a terra é uma forma também de me regenerar, uma oportunidade. Ao mesmo tempo, saber que essa produção irá ajudar agricultores, famílias que passam por dificuldade, é muito gratificante”, disse França.

Para o interno Antônio Veríssimo o plantio de mudas tem sido uma nova experiência. “É uma experiência inovadora para mim, pelo fato de nunca ter mexido com terra ou ter plantado antes. Saber que nosso trabalho vai ajudar o próximo, na sobrevivência de famílias que estão lá fora, é sensacional. Tenho aproveitado essa oportunidade e isso tem despertado novas expectativas na minha vida”, ressaltou Antônio Veríssimo.

Por Sandra Dalton e Karla Secatto


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