Minas apresenta na COP26 projeto para reflorestamento de 3,7 milhões de hectares

Estado aderiu à Green Bank Network – rede global de instituições financeiras alinhadas à oferta de financiamento de iniciativas com impacto ambiental positivo | Foto: Sisema / Divulgação

Agendas importantes já estão sendo cumpridas pela comitiva do Governo de Minas Gerais que participa da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) em Glasgow, na Escócia. Dentre os compromissos, a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, participou de reunião com representantes do Departamento de Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido e da Embaixada Britânica. O encontro tratou do financiamento de projetos em áreas florestais e mercados de carbono.

Minas tem a meta de reflorestar 3,7 milhões de hectares em áreas rurais até 2030. “Tivemos a oportunidade de discutir potenciais investimentos de reflorestamento em Minas Gerais, e apresentamos o potencial de restauração conforme o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Foi um momento de troca de experiências em que falamos também sobre desmatamento irregular e técnicas de monitoramento que outros países já utilizam, com apoio do governo britânico, e que podem ser aplicadas em Minas Gerais”, explica Marília Melo. 

Projetos para Patos de Minas e Uberaba 

A comitiva mineira também fez uma visita à Universidade de Strathclyde, em Glasgow. A secretária Marília Melo foi acompanhada pela coordenadora do Núcleo de Sustentabilidade, Energia e Mudanças Climáticas da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Larissa Oliveira. Na ocasião, elas falaram dos desafios do Brasil e de Minas Gerais para a agenda de mudança do clima, citando os feitos já alcançados pelo Estado como a adesão pioneira ao Race To Zero.

“Minas Gerais é a segunda maior economia do país e o quarto maior estado em emissão de gases de efeito estufa. Esse cenário nos traz grande responsabilidade na transição para uma economia de baixo carbono. Minas foi o primeiro governo subnacional da América Latina e do Caribe a aderir à campanha Race To Zero. Além do pioneirismo, tivemos um diferencial que foi a assinatura conjunta com as federações da Indústria e da Agricultura, mostrando o engajamento do setor produtivo mineiro no enfrentamento às mudanças do clima”, ressalta a secretária.

Foto: Sisema / Divulgação

A Universidade de Strathclyde tem iniciativas que conectam experiências entre parceiros e, principalmente, programas que dão suporte técnico e de financiamento. Ao fim do encontro, a instituição propôs a realização de projetos com dois municípios mineiros, Uberaba e Patos de Minas, que têm sofrido com as consequências da mudança do clima. 

“Patos de Minas sofreu com uma geada forte, que teve impacto econômico significativo na agricultura local. Já Uberaba passou por um cenário crítico de abastecimento hídrico. São duas cidades em que há lideranças modernas que, com certeza, dariam base institucional para implantação de programas como esse”, destaca Marília Melo.

A secretária ainda lembra que os benefícios de projetos voltados para adaptação e mitigação das mudanças climáticas e de transição para economia de baixo carbono não se limitam ao meio ambiente e à economia. “Essas atividades devem ser vistas como algo capaz de gerar benefícios sociais múltiplos a longo prazo”, acrescenta.

Por Agencia Minas


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