Deputados repercutem participação do governador do Espírito Santo na COP26

Presença do governador Renato Casagrande na cúpula do clima provocou manifestações de deputados | Fotos: Lucas S. Costa

A participação do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), na Conferência Mundial do Clima (COP26), que se encerra nesta sexta (12), em Glasgow (Escócia) foi motivo de discussões na sessão plenária desta segunda (8).

O assunto ganhou projeção a partir de críticas do deputado Capitão Assumção (Patri) para quem não se justifica a presença do chefe do Executivo estadual no evento, já que ele não é presidente da República.  “Ele está se dando ao luxo de passar nove dias na Escócia, de forma desnecessária, gastando o dinheiro do contribuinte, curtindo o frio de Glasgow, aquelas paisagens bonitas”, reclamou.

Capitão Assumção questionou sobre qual o teor da fala de Renato Casagrande na conferência: “ele foi lá para falar sobre a destruição das matas no Espírito Santo? Ele não é presidente do Brasil”, acrescentou.

O parlamentar estendeu as críticas à própria realização da COP26. Para Assumção o evento não passa de reuniões de militantes para decidir algo que eles mesmos não cumprem: “os europeus não têm mais florestas e querem ditar normas para o Brasil”.

O correligionário de Assumção, deputado Dr. Rafael Favatto, que preside a Comissão de Meio Ambiente, saiu em defesa de Casagrande ao enfatizar a importância da presença do governador em Glasgow.

Favatto disse que não poderia deixar de apontar a relevância da presença de Casagrande nas discussões mundiais sobre o meio ambiente, pois o chefe do Executivo estaria abrindo portas para investimentos no estado em projetos de economia autossustentável.

Conforme salientou, serão mais de US$ 100 bilhões irrigados no setor produtivo em todo o mundo, destinados a projetos de energia limpa, preservação de florestas e nascentes e de recuperação de áreas desmatadas.

O deputado lembrou que não apenas os governos e os municípios brasileiros, mas também as grandes empresas, citando a Vale e a ArcelorMittal, serão forçados a mudar a cultura sobre meio ambiente diante do aquecimento global.

“Todos (os negócios) terão que buscar melhorar a pontuação no quesito da sustentabilidade, pois esse fator é o que dará sobrevivência às ações nas bolsas internacionais”, avaliou.

O líder do governo na Ales, deputado Dary Pagung, e o colega parlamentar Bruno Lamas (ambos do PSB) também enalteceram a presença do governador no evento. Pagung afirmou que a missão de Casagrande extrapola o Espírito Santo, já que está na conferência representando os governadores de todo o país.

Já Lamas lembrou que a pauta ambiental está orientando as ações em todos os cantos do Planeta, daí a importância do chefe do Executivo capixaba na COP26. “O governador Casagrande certamente é a voz dos governadores neste evento tão importante”, considerou.

Por Wanderley Araújo


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