Janete de Sá repudia violência contra as mulheres no Espírito Santo

A parlamentar citou dados que apontam o crescimento dos feminicídios e homicídios contra mulheres no estado | Foto: Lucas S. Costa

A deputada Janete de Sá (PMN) repudiou a violência contra as mulheres capixabas que, conforme relatou, fez mais duas vítimas de feminicídio nos últimos dias, no Espírito Santo.

Uma delas foi morta a golpes de facão dentro de um carro, por volta de 16h30 de sábado, em Guarapari. O suspeito é marido da vítima e foi preso após o crime. Segundo a polícia, os dois filhos da falecida, uma criança de 2 anos e outra de 5 anos, presenciaram o assassinato.

O outro caso citado por Janete envolve a morte da empregada doméstica Neuza Ribeiro Santos, espancada supostamente pelo ex-marido na quarta (3) em Nova Almeida, bairro da Serra (Grande Vitória). Neuza chegou a ser socorrida pelos filhos em estado muito grave e respirava com a ajuda de aparelhos, mas não resistiu e morreu no hospital.

Janete de Sá lamentou o fato de que mesmo diante das políticas públicas adotadas pelo estado a escalada dos feminicídios no Espírito Santo não tenha diminuído. “Muitos homens continuam achando que são donos das mulheres; e muitas vezes, inconformados com o término de uma relação, agem por meios violentos”, disse.

A parlamentar citou dados que apontam o crescimento dos feminicídios e homicídios contra mulheres no estado. Sem especificar a fonte, ela relatou que em 2020 foram 82 casos, e este ano, já são 98 registros, sendo 32 ocorrências constatadas como feminicídios.

A parlamentar conclamou os poderes constituídos, juntamente com o Ministério Público e Defensoria Pública, além das igrejas e da sociedade em geral, a continuarem lutando em defesa dos direitos das mulheres.

Sergio Majeski (PSB) avaliou que necessita de um esforço acadêmico profundo para que seja estudado o porquê de as mortes violentas continuarem em grande escala no país, atingindo principalmente as mulheres, apesar das políticas públicas e das campanhas de conscientização destinadas a enfrentar o problema.

Ele lamentou a morte da cantora Marília Mendonça, mas opinou que a sociedade deveria se comover também quando morrem pessoas pobres ou sem fama, vítimas de violência, nas camadas mais excluídas da população.

“Vidas são vidas, não se pode dimensionar o valor de uma vida pelo fato de a pessoa ser rica ou famosa; a vida vale a mesma coisa seja numa favela ou na alta classe”, afirmou.

Policiais

O presidente do Legislativo estadual, deputado Erick Musso (Republicanos) interrompeu a sessão, a pedido do deputado Delegado Danilo Bahiense (sem partido) concedendo espaço para que lideranças de categorias policiais usassem a tribuna.

Elas pediram apoio dos deputados nas negociações com o governador Renato Casagrande voltadas para a recomposição de perdas salariais nas corporações da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

Usaram a fala a delegada Ana Cecília Mangaravite, o investigador Júnior Fialho e o tenente Emerson Santana, integrantes do Comando Unificado que representa as categorias policiais nas reivindicações salariais e por melhores condições de trabalho.

Por Wanderley Araújo


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