Variante Ômicron: Musso cobra ação do governo do Espírito Santo

Preocupação de Musso é em relação à entrada de pessoas no Espírito Santo | Fotos: Ana Salles

O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Erick Musso (Republicanos) criticou, na sessão ordinária desta quarta (1º), a omissão do governo do Estado diante da chegada da variante Ômicron ao Brasil. O parlamentar afirmou que encaminhará um ofício ao chefe do Executivo, Renato Casagrande (PSB), para conhecer os procedimentos “já elaborados ou a serem elaborados sobre esse novo quadro”.

Ao mesmo tempo, o presidente elogiou medidas anunciadas pelo correligionário Lorenzo Pazolini, prefeito de Vitória. O gestor municipal comunicou, na terça (30), a suspensão das festas ao ar livre de réveillon na capital após ouvir técnicos sobre a ameaça representada pela nova cepa do novo coronavírus.

Na avaliação de Musso, causa espanto “a transferência de responsabilidade que o governo do Estado fez aos municípios capixabas” na elaboração de ações para evitar o surgimento de uma nova onda causada pela variante Ômicron. Recentemente descoberta na África do Sul, ela é considerada altamente transmissível.

Controle de entrada

As preocupações de Musso giram em torno do controle do fluxo de entrada de pessoas no Espírito Santo, por isso, cobrou medidas de segurança sanitária que contemplem aeroportos, rodoviárias e rodovias. “Não podemos, em um breve e curto espaço de tempo, sofrer um novo lockdown”, disse.

Embora tenha considerado a decisão do prefeito de Vitória como “um balde de água fria no comércio”, o deputado Torino Marques (PSL) reconheceu a cautela adotada por Pazolini. “Espero que atitudes mais drásticas, como fechamento de comércio, lockdown e outros, não se repitam. Ficou mais que provado que medidas como essas não funcionaram para evitar a disseminação do vírus”, frisou.

De acordo com o parlamentar, é necessário parcimônia para encontrar soluções para manter o comércio funcionando e aumentar os cuidados com a saúde pública. porque “pelo visto, novas variantes virão e o vírus vai continuar circulando entre nós durante muito tempo”, disse Torino.

Vacinação

Torino usou a tribuna para reprovar a obrigatoriedade de que todos os servidores do Executivo estadual comprovem a imunização sob pena de serem exonerados. A medida é regulada por uma portaria que tem validade a partir desta quarta (1º). O parlamentar a considerou “absurda e ilegal”. “Não há lei que esta Casa tenha aprovado para ser regulamentada por decreto e nem mesmo portaria”, destacou. Para o parlamentar, as vacinas não são eficazes contra a nova variante.

Por outro lado, Bruno Lamas (PSB) pediu para que os capixabas não deixem de se vacinar. De acordo com o socialista, a imunização, o uso de máscaras e a precaução ao evitar aglomerações são atitudes que podem evitar a infecção pela Covid-19, inclusive de suas variantes. “Sem a vacina fica difícil a atividade econômica, a vida nas escolas”, ponderou.

De acordo com o deputado, a polarização política tem atrapalhado o avanço da imunização. “Se nós olharmos que 75% dos brasileiros estão totalmente imunizados, e o percentual que não está, (esse) é justamente o percentual proporcional à polarização política”, salientou.

Pandemia silenciosa

O deputado Doutor Hércules (MDB) falou sobre o Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado neste 1º de dezembro. Em 2021, afirmou, faz 40 anos do primeiro paciente identificado com a doença, classificada como uma pandemia silenciosa que acomete 37,6 milhões pessoas no mundo, segundo o Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), No Brasil, o Ministério da Saúde estima que 936 mil tenham o vírus, sendo 16 mil no Espírito Santo.

Embora o tratamento tenha avançado ao longo dos anos, Doutor Hércules pediu que as pessoas se conscientizem. “Hoje muita gente não tem a preocupação de ficar doente porque já tem alguns medicamentos que combatem essa doença. Não cura”, avaliou o deputado, que ainda deixou um recado. “A Aids pode matar, mas o preconceito mata muito mais. Cuide-se, a prevenção é o melhor caminho”, aconselhou.

Educação

Sergio Majeski (PSB) reprovou a municipalização de escolas estaduais, pois, para ele, muitas prefeituras não conseguem manter, nem mesmo, as escolas de ensino infantil e fundamental. “Muitos municípios atraídos por esses convênios que o governo do Estado oferece (…) acabam encampando escolas do Estado, mas sem levar em consideração que isso é uma despesa para sempre”, considerou.

Por Marcos Bonn


Siga A IMPRENSA ONLINE no InstagramFacebookTwitter e YouTube e aproveite para se logar e deixar aqui abaixo o seu comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *