A gripe aviária continua se espalhando pelo mundo

Mais de 40 países relataram surtos durante os últimos quatro meses e a OIE alerta que “é esperado um novo aumento nos surtos nos próximos meses”.

Os últimos casos de gripe aviária relatados nesta semana vêm do estado de Indiana, nos EUA | Foto: Reprodução

A ameaça da gripe aviária paira sobre a indústria avícola global, já que o vírus está agora presente na Europa, Ásia, América do Norte e África. O maior impacto foi sentido pelos produtores europeus, com um alto número de surtos relatados nos últimos quatro meses na Polônia, Ucrânia, Rússia, França, Itália, Reino Unido, Holanda e Alemanha. Mais do que isso, um alerta de HPAI foi acionado na Península Ibérica assim que a gripe aviária atingiu Portugal e Espanha.

Mas a situação não se resume apenas à Europa. Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal, 40 países da Europa, Ásia, América do Norte e África vêm lutando nos últimos meses para manter a ameaça sob controle. Israel abateu mais de um milhão de aves desde o início de 2022, no que as autoridades chamaram de “o pior surto de gripe aviária de todos os tempos”. Os subtipos H5N1, H5N3, H5N4, H5N5, H5N6 e H5N8 de alta patogenicidade do vírus da Influenza Aviária (HPAI, na sigla em inglês) estão circulando em aves e populações de aves em todo o mundo, despertando preocupação na OIE, que chamou isso de “variabilidade genética sem precedentes de subtipos … criando uma paisagem epidemiologicamente desafiadora. ”

No mês passado, a diretora-geral da OIE, Monique Eloit, disse à Reuters que “desta vez a situação é mais difícil e arriscada porque vemos surgir mais variantes, o que torna seu acompanhamento mais difícil. Eventualmente, o risco é que o vírus sofra mutação ou se misture com um vírus da gripe humana que pode ser transmitido entre humanos e, de repente, assuma uma nova dimensão.”

Por seu turno, o Instituto Federal de Pesquisa em Saúde Animal da Alemanha, o Instituto Friedrich Loeffler, observou à Deutsche Presse-Agentur (DPA) alemã que a Europa está enfrentando “a epidemia de gripe aviária mais forte de todos os tempos”.

O instituto acrescentou que “não há fim à vista” visto que o vírus se espalha por todo o continente e pelo mundo, com novos casos sendo relatados diariamente.

Os últimos casos de gripe aviária relatados nesta semana vêm do estado de Indiana, nos EUA, onde o vírus foi encontrado em uma granja de perus com 29.000 aves. Indiana é o terceiro maior estado produtor de perus dos Estados Unidos, número 1 em produção de patos e número 2 em ovos de mesa e plantel de galinhas poedeiras, de acordo com dados oficiais.

Ao todo, pelo menos 90 casos de HPAI do tipo H5 eurasiano foram relatados ao USDA desde janeiro, com nove dos casos confirmados como sendo do subtipo H5N1.

Os primeiros casos do vírus foram detectados na Carolina do Sul em meados de janeiro, antes de o vírus se espalhar para a Carolina do Norte, Virgínia e Flórida nas últimas semanas.

Ainda na América do Norte, o Canadá confirmou a gripe aviária H5N1 em um plantel comercial de aves na Nova Escócia, provocando diversas restrições comerciais dos importadores, informou  a Agência Canadense de Inspeção de Alimentos na semana passada.

Da Redação | Com informações da Euromeatnews


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