Musso cobra solução para desabastecimento de água na Grande Vitória (ES)

Presidente da Assembleia Legislativa criticou gestão da Cesan; também apontou necessidade de revisão na exigência do passaporte vacinal

Problema no abastecimento em bairros da Grande Vitória foi abordado no discurso de Erick Musso | Foto: Lucas S. Costa

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (Ales), deputado Erick Musso (Republicanos), fez um discurso duro durante a sessão ordinária desta segunda-feira (7) sobre o desabastecimento de água na Grande Vitória durante o feriado do Carnaval. “Mais de 200 bairros ficaram de torneira seca. Pessoas sem poder fazer a sua comida, sem poder tomar banho, comércio tendo que fechar”, apontou o chefe do Legislativo.

Musso dirigiu-se diretamente ao governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), questionando-o sobre o recurso empregado na Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan). “De que adianta ter R$ 2 bilhões na Cesan, governador, se não há competência administrativa gerencial, se não há competência na gestão e as pessoas estão com as suas torneiras sem água?”, questionou.

Politização

O parlamentar criticou o que ele chama de “politização da Cesan”. Segundo Erick, a companhia foi usada de forma política, em preterimento a cargos técnicos, mesmo com a falta de anuência do conselho do órgão para a nomeação dos cargos. “Pra ingressar, as pessoas têm que passar por esse conselho, e o conselho rejeitou. E o que foi feito pelo governador? Ele mudou o conselho”, afirmou.

O deputado encerrou a primeira fase de seu pronunciamento cobrando medidas eficazes do Executivo. “Em pleno ano de 2022, do século XXI, nós termos a capital do Estado do Espírito Santo e os municípios da Grande Vitória abastecidos com carro pipa é uma vergonha nacional. Precisamos de medidas eficientes, eficazes, de planejamento, precisamos respeitar os capixabas”, concluiu.

Passaporte vacinal

Na segunda parte do seu pronunciamento, o deputado voltou a fazer críticas a Renato Casagrande pela forma como o governador vem conduzindo a obrigatoriedade de apresentação do passaporte vacinal no Espírito Santo. O presidente fez questão de lembrar que é a favor da vacina e que tomou as três doses do imunizante, mas disse que “tem faltado coerência” nas decisões tomadas pelo Executivo a esse respeito.

“A incoerência de que pra você entrar em um restaurante, pra se alimentar, tem que apresentar o passaporte sanitário, que não garante que a pessoa não esteja contaminada. Mas onde vem a incoerência? Ao andar no Transcol não tem que apresentar passaporte sanitário. Está em tempo, governador, do senhor rever essa decisão, do senhor revogar essa decisão, nós não podemos segregar as pessoas, as pessoas devem ter o direito de ir e vir”, dirigiu-se ao chefe do Executivo.

Por João Caetano Vargas


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