CVV, 60 anos de esperança

Já foram mais de 40 milhões de atendimentos, tanto presenciais quanto por telefone nesse período. Meta da entidade é disponibilizar novas formas de ouvir para quem precisa

No dia 1º de março de 2022 comemora-se um importante marco para a saúde emocional e prevenção do suicídio no Brasil: completa-se 60 anos do primeiro plantão realizado pelo CVV (Centro de Valorização da Vida). De lá pra cá, foram realizados mais de 40 milhões de atendimentos em todo o país.

Para marcar a data, a entidade está programando a retomada dos atendimentos presenciais, após o fechamento das unidades como forma de prevenção ao contágio por Covid-19. “Trata-se de um momento muito especial para todos nós. Estamos tendo todo o cuidado e só iremos retornar quando tivermos 100% de segurança. Mas os preparativos para isso já dão um ar esperançoso em todos os voluntários. Sempre foi isso o que tentamos disseminar para quem nos procura: esperança”, conta Lorival Blanco, presidente da ONG.

Uma das metas da entidade, ao completar 60 anos de prestação de serviços, é continuar sempre à frente, se modernizando, sem abrir mão do atendimento humano, sigiloso e acolhedor. Para isso, estão sendo planejados novos canais de contato. “Há pessoas que preferem a conversa olho no olho, por entender que assim terão mais chance de conversar. Outros se sentem mais à vontade por telefone, que gera, para alguns, mais privacidade e liberdade. É tudo muito relativo. O que não muda é nossa disponibilidade para ajudar a quem precisa. Muito em breve disponibilizaremos novos canais e formas de acesso aos nossos voluntários”, conta o presidente do CVV.

Importância do conversar

Uma das características que definem e diferenciam o ser humano de outros animais é sua grande capacidade de conversar. E conversar não é só ouvir o outro, é lhe dar atenção, acima de tudo. Essa premissa está na raiz do CVV, desde sua fundação, em 1962. “Nós, voluntários, exercitamos o conversar durante todas as horas que dedicamos ao CVV. As pessoas nos ligam não somente para desabafar – que é extremamente importante em momentos de angústia ou tristeza e trata-se de um importante fator que demonstra nossa força de vontade – mas também para ter alguém com quem trocar impressões e ser compreendido”, conta Lorival.

O benefício de conversar com outras pessoas não se resume a encontrar soluções para os problemas. Uma pesquisa realizada por universidades norte-americanas constatou que a interação social também afeta o desempenho mental e a memória de forma bastante positiva. O ato de conversar e interagir com outros indivíduos se mostra tão benéfico para a mente quanto fazer exercícios considerados estimulantes, como palavras-cruzadas, por exemplo. O estudo concluiu, também, que o isolamento social pode ter o efeito contrário e causar danos ao funcionamento do cérebro.

Por Harley Pinto | LVBA Comunicação


Siga A IMPRENSA ONLINE no InstagramFacebookTwitter e YouTube e aproveite para se logar e deixar aqui abaixo o seu comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *