Majeski aponta falhas no transporte escolar do Espírito Santo

Para deputado, fechamento de escolas no interior agrava o problema enfrentado pelos estudantes, que precisam caminhar longas distâncias para pegar o transporte

Deputado Sergio Majeski (PSB) | Foto: Ana Salles/Ales

A dificuldade que estudantes enfrentam para chegar às escolas em algumas localidades do Espírito Santo foi o tema abordado pelo deputado Sergio Majeski (PSB) durante seu pronunciamento na sessão ordinária desta quarta-feira (9). “Isso ocorre no estado inteiro. Em vários municípios, crianças e adolescentes precisam caminhar, às vezes, mais de uma hora até chegar ao ponto onde o ônibus passa”, denunciou o parlamentar.

“A questão é que essa condução que é oferecida não passa de porta em porta para pegar esses alunos, como se fosse o transporte escolar que você às vezes paga numa região metropolitana. Esse transporte sai de um determinado local e essas crianças, esses jovens, têm que caminhar até ali”, apontou Majeski. O parlamentar lembra ainda que o “drama se repete” na volta para casa, em que o estudante precisa andar o mesmo trajeto até retornar ao seu lar.

O deputado relatou uma situação que vem ocorrendo em Afonso Cláudio. Majeski explicou que, por conta do fechamento de uma escola no interior do município, um grupo de seis ou sete alunos está saindo de casa às 5 horas e caminhando por cerca de uma hora no escuro, para pegar uma condução que os levem até um colégio em Venda Nova do Imigrante.

“Por isso que eu digo que, todas as vezes que se fala em fechar uma escola, fechar um turno, todas essas questões precisam ser avaliadas. Nós, nos últimos anos, tivemos uma grande quantidade de alunos verdadeiramente expulsos das escolas em função de casos como esse”, ponderou.

Escolas Agrícolas

O parlamentar também lamentou que o transporte escolar não seja utilizado pelos alunos que estudam nas Escolas Família Agrícola do estado, que só precisariam de condução nas segundas e sextas-feiras, já que passam a semana na escola. “É algo que o governo podia viabilizar, para que esses alunos pudessem também usufruir desse transporte. Mesmo que essas escolas sejam do Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo (Mepes), que é uma organização sem fins lucrativos, elas não são escolas do Estado, mas prestam um excelente serviço em vários municípios”, finalizou.

Por João Caetano Vargas


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