Publicação analisa cenário internacional e política de inserção do Brasil na economia global

Edição nº 31 do Boletim de Economia e Política Internacional apresenta sete artigos inéditos, incluindo estudos sobre a influência da China na economia mundial

Vista aérea do portocel | Foto: Reprodução

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) publicou, nesta terça-feira (22/03), a edição nº 31 do Boletim de Economia e Política Internacional (Bepi). A publicação apresenta um conjunto de sete artigos inéditos que analisam alguns dos desafios atuais na agenda de políticas públicas, com interface internacional, visando contribuir no processo de fortalecimento e inserção do Brasil no cenário global.

O artigo de abertura apresenta um conjunto de indicadores sobre a chamada Nova Rota da Seda, também conhecida como Belt and Road Initiative (BRI). A iniciativa foi implementada pelo governo da China a partir de 2013, e envolve um volume maciço de investimentos em infraestrutura para aprofundar a conexão da China com a Ásia e a Europa. O estudo destaca os principais beneficiários, as instituições financeiras envolvidas, assim como os principais destinos de investimento direto chinês. Conforme os autores, os investimentos em infraestrutura da BRI servem como escape para o excesso de capacidade instalada em diversos setores da economia chinesa, e que contaram com estímulos governamentais após a crise financeira de 2008.

Na avaliação do pesquisador do Ipea e editor do Bepi, André Pineli, os estudos sobre a economia chinesa apresentados nesta edição do boletim refletem a crescente influência do país sobre os rumos da economia global. “Atualmente é incontornável considerar a posição chinesa em qualquer tema que envolva a governança global. Isso fica claro, por exemplo, no segundo artigo, que analisa a crescente capacidade chinesa em influenciar a normalização técnica em nível internacional. Portanto, qualquer política pública brasileira que possua alguma interface internacional terá, crescentemente, que levar em consideração a posição da China sobre o tema, que muitas vezes não coincidirá com a posição de atores tradicionais como os Estados Unidos e a União Europeia”, afirma.

Entre os demais temas abordados na última edição do periódico, está a avaliação dos critérios utilizados por alguns países na definição de suas contribuições a organizações internacionais. O boletim também contemplou a discussão sobre os projetos legislativos que pretendem instituir, no Brasil, mecanismos de triagem de investimentos externos, seguindo uma prática que tem sido crescentemente adotada por países desenvolvidos, em parte motivada por investimentos de empresas chinesas no setor de infraestrutura crítica destes países.

Os dois primeiros artigos desta edição foram apresentados, em versões preliminares, no webinar internacional Panorama da Economia Chinesa: Passado, Presente e Futuro, promovido pelo Ipea em dezembro de 2021. As apresentações, assim como os debates posteriores, podem ser acessadas no canal do Ipea no Youtube e contam com indicadores divulgados nesta última edição do Bepi.

Da Redação | Com informações da Ascom/Ipea


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