Dia mundial do transtorno bipolar chama atenção para doença que atinge milhões de pessoas no mundo

Data é celebrada em 30 de março, dia do aniversário do pintor Vincent Van Gogh, que foi diagnosticado como portador do transtorno

Mulher com sintomas de transtornos mentais | Foto Freepik.

O transtorno bipolar se caracteriza por uma alteração mental grave. “A pessoa apresenta oscilações de humor que variam desde um quadro depressivo, de moderado a grave, até um quadro de mania, em que ocorre uma euforia extrema, ou uma hipomania – versão mais leve da mania”, explica o psiquiatra da Unimed Vitória Vicente Ramatis.

Para gerar conscientização sobre o tema foi instituído o Dia mundial do transtorno bipolar. A data é celebrada em 30 de março, aniversário do pintor Vincent Van Gogh, que foi diagnosticado, postumamente, como portador provável do transtorno. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o transtorno bipolar atinge cerca de 140 milhões de pessoas no mundo e é considerada uma das principais causas de incapacidade.

Também chamado de doença bipolar ou doença maníaco-depressiva, o transtorno geralmente surge no final da adolescência ou no início da idade adulta, tanto em homens quanto mulheres. “Na maioria das vezes, a doença ocorre entre os 15 e os 25 anos, mas pode afetar também crianças e pessoas mais velhas”, pontua Ramatis.

O especialista esclarece que nem toda mudança de humor significa que existe um transtorno bipolar. “Para que a doença seja identificada, é necessário fazer uma avaliação com o psiquiatra e detectar como a pessoa vivencia as fases e como interferem no seu dia a dia”.

Por ser um transtorno que se caracteriza por mudanças de humor, os sintomas dependem da fase que a pessoa está vivendo. “Os sintomas podem estar presentes durante semanas, meses, anos e podem se manifestar durante todo o dia, todos os dias. Ainda não existe cura para o transtorno bipolar. O tratamento é para toda a vida”.

A causa exata do transtorno afetivo bipolar ainda é desconhecida. No entanto, estudos sugerem que o problema possa estar associado a alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores, como noradrenalina e serotonina. Ainda que o transtorno bipolar seja uma condição que não tem cura, é possível controlar as alterações de humor com medicamentos específicos e acompanhamento psicoterápico.

Por Marcella Andrade


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