Polícia Federal prende líder de grupo criminoso envolvido em esquema milionário de fraudes contra o INSS

A fraude gerou um prejuízo estimado de quase R$ 5 milhões aos cofres públicos

Fotos: PF/ES

A Polícia Federal, em investigação conjunta com a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista e com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, deflagrou nesta quinta-feira (7/4) a Operação Loki, com o objetivo desarticular um grupo criminoso dedicado a fraudar valores decorrentes de Benefício de Prestação Continuada (BPC), do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial.

Estão sendo cumpridos 1 mandado de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão, sendo 1 na Serra e 21 em João Neiva, além do sequestro de bens dos investigados.

Em razão da peculiaridade das buscas e da necessidade de garantir a segurança e a integridade dos envolvidos, a ação contou com a participação de aproximadamente 95 policiais federais e rodoviários federais, além de 4 servidores da Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Ministério do Trabalho e Previdência.

As primeiras ações relativas à Operação Loki ocorreram ainda no ano de 2020, após a prisão em flagrante de três pessoas, que tentaram sacar benefício do INSS de forma fraudulenta. A partir de então, iniciou-se uma investigação, que culminou com a descoberta de uma estrutura criminosa dedicada a este tipo de fraude.

Foi possível concluir até o presente momento que, além do líder do grupo, ao menos outras 38 pessoas utilizaram documentos falsos em nome de 114 pessoas fictícias e participaram de fraudes ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), ao Bolsa Família e ao Auxílio Emergencial.

De acordo com levantamento realizado ao longo dos trabalhos, a fraude gerou um prejuízo estimado de quase R$ 5 milhões. Com a ação da PF e do INSS, foram evitados prejuízos da ordem de mais de R$ 14 milhões. Esses valores podem ser ainda maiores, visto que os cálculos não abrangem as fraudes ao Bolsa Família e ao Auxílio Emergencial.

Os investigados responderão pelos crimes de estelionato (art. 171 do Código Penal) e de lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei nº 9.613/1998) que, com suas penas somadas, podem chegar a mais de 23 (vinte e três) anos de condenação.

O nome da operação é uma alusão ao Loki, um dos deuses da mitologia nórdica. Ele é o deus da trapaça, da travessura, do fogo e também está ligado à magia, podendo assumir a forma que quiser. Ele é frequentemente considerado traiçoeiro e de pouca confiança, mas, muito embora suas artimanhas causem problemas aos deuses, estes frequentemente se beneficiam de suas ações.

Da Redação | Com informações da Comunicação Social da Polícia Federal no Espírito Santo


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