Janete de Sá repudia caso de injúria racial

Advogada capixaba negra foi surpreendida com comentários preconceituosos no último sábado (28) enquanto palestrava em uma live 

Parlamentar pede que criminosos sejam identificados e punidos severamente | Foto: Ana Salles

Na sessão ordinária desta quarta-feira (1º), a deputada Janete de Sá (PSB) repercutiu um caso de injúria racial, veiculado no meios de comunicação, envolvendo a advogada capixaba negra Fayda Belo. Durante uma live realizada no último sábado (28), a palestrante foi surpreendida com comentários racistas de participantes que se infiltraram anonimamente no evento virtual.

“Um grupo racista interrompeu o evento com mensagens de ofensas, ódio e xingamentos contra a advogada, que era uma das palestrantes. Com perfis anônimos, os racistas invadiram a live e fizeram inúmeras ofensas, fazendo com que a advogada Fayda Belo encerrasse a sua participação no evento”, frisou Janete.

A parlamentar repudiou o comportamento dos invasores e afirmou que a atitude é inadmissível. “Não podemos aceitar esse comportamento, que no nosso entendimento é criminoso porque racismo é crime em nosso país”, destacou. Segundo explicou, a organização do seminário tirou prints das expressões preconceituosas mencionadas no evento on-line.

Segundo Janete, o caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, que é capaz de identificar os perfis anônimos e entregá-los à Justiça. A parlamentar lembrou que desde 2021 o crime de injúria racial pode ser equiparado ao de racismo e ser considerado imprescritível.

“Nós pedimos justiça para Fayda Belo e que esse caso seja investigado profundamente, que os criminosos sejam identificados e sejam punidos severamente para que esta questão se encerre em nosso país. Chega de preconceito, nós temos uma dívida enorme com o povo preto que veio forçado para o nosso país de diversos países do continente africano”, concluiu.

Ainda sobre o assunto, o deputado Luciano Machado (PSB) citou o Projeto de Lei (PL) 240/2022, de sua autoria. A matéria proíbe a nomeação em cargos públicos de condenados por atos de racismo e homofobia.

Por João Caetano Varga


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