Suzano amplia seu portfólio de negócios com sistema de plantio que pode recuperar áreas degradadas no ES

Com potencial de mitigar as emissões na agropecuária e gerar benefícios climáticos, Sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) com o cultivo do eucalipto chega ao Espírito Santo

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) consorciado com o cultivo do eucalipto no Maranhão. A Suzano iniciou projeto com essa nova alternativa de produção no Espírito Santo | Foto: P6 Comunicação

Ao absorverem carbono da atmosfera, as árvores cumprem um importante papel na mitigação das emissões que influenciam a mudança do clima.  Na semana do Meio Ambiente, a Suzano reforça sua atuação como protagonista em sustentabilidade, trazendo uma nova alternativa de produção no Espírito Santo. O Sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) consorciado com o cultivo do eucalipto possui potencial para mitigar emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE’s) na agropecuária, promovendo a retenção de carbono na biomassa e no solo, bem como a recuperação de áreas degradadas.

A degradação dos ecossistemas agrícolas é uma preocupação global, e no Espírito Santo não é diferente. De acordo com o Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro) e o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), as áreas degradadas no Estado equivalem a 8,54% do território estadual e 16,65% da área agrícola. Ao todo, são 393.321,55 hectares, dos quais 238.943,66 hectares são de pastagem. “A Suzano amplia seu portfólio de negócios com a opção do iLPF, que permite aumento de produtividade de maneira sustentável. Esse modelo dá aos produtores a opção de diversificar sua renda, potencializar a produção animal e/ou da lavoura, além de mitigar impactos ambientais como a emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE’s)”, explicou o Coordenador de Negócios Florestais da Suzano BA/ES, Erich Cassiano de Lima Andrade.

A Suzano iniciou o projeto com essa tecnologia de produção agropecuária na Fazenda Três Marias, no município de Linhares, que será Unidade de Referência Técnica (URT) no Espírito Santo. Trata-se do primeiro contrato no Estado do modelo de iLPF – Arrendamento. A implantação é prevista para o último trimestre de 2022. “Nosso projeto é 30% com floresta de eucalipto e 70% com lavoura e/ou pecuária. A expectativa é melhorar rentabilidade do negócio como um todo. Adicionalmente, gerar outros benefícios ou serviços ambientais e adotar práticas para neutralizar as emissões de carbono na atividade agropecuária”, disse a proprietária da fazenda, Letícia Lindenberg. 

Esse modelo que equilibra a produção agropecuária e a conservação dos recursos naturais já foi estudado na empresa e colocado em prática em outros estados. O pesquisador da Suzano, Alzemar José Veroneze, reforça a expertise da empresa nesse modelo. “A Suzano começou a trabalhar com o iLPF no Sul da Bahia desde o final da década 1990. Iniciativas também foram realizadas em São Paulo, no início de 2000, no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, após os anos 2000. No Maranhão essa tecnologia ganhou intensidade após 2014”, lembrou.

Caso capixaba

O pesquisador da Embrapa Solos (RJ) e presidente do Conselho Gestor da Associação Rede iLPF, Renato Rodrigues, destaca o diferencial da solução de iLPF capixaba. “É o melhor modelo para adoção da iLPF que eu já vi, pois une uma empresa que precisa de área para crescer e oferece uma tecnologia ao produtor sem que ele precise fazer grandes investimentos no plantio. No Espírito Santo juntamos o melhor dos mundos nesse cenário”, avalia.

A Diretora Executiva da Associação Rede ILPF, Isabel Ferreira, corrobora que o Estado possui condições de solo, relevo e um ambiente positivos para esse modelo de sistema florestal. “A Suzano é muito importante nisso, demonstrando como é viável colocar o componente florestal”, complementa a Diretora Executiva da Associação Rede ILPF, Isabel Ferreira. “Ter essa base de mercado próxima, a expertise técnica e a oportunidade de negócio é essencial por dar mais segurança ao produtor”, complementa o Presidente do Fórum de Secretários Municipais de Agricultura do Estado do Espírito Santo (Fosemag) e secretário Municipal de Agricultura de Linhares, Franco Fiorot.

Carbono negativo

Experimento realizado na Embrapa Pecuária Sudeste (SP) em 2021 aponta que árvores neste modelo de sistema integrado iLPF acumulam em seus troncos 5,9 toneladas de carbono por hectare anualmente. Os números são suficientes para zerar as emissões da própria produção. Eventuais excedentes de remoções têm potencial para serem comercializados nos mercados de crédito de carbono, após certificação. Além disso, a presença de árvores melhora o microclima e aumenta o bem-estar animal.

Por conta principalmente das florestas plantadas para abastecer as fábricas, e das extensas áreas de preservação, a Suzano é uma empresa negativa em carbono, o que significa que tira mais CO2 do ar do que emite nas suas operações industriais e no consumo de energia.

A remoção de carbono da atmosfera, medida que ajuda a combater a crise climática, é uma das principais metas de longo prazo da empresa, que antecipou seu compromisso de remover 40 milhões de toneladas de carbono da atmosfera, de 2030 para 2025. Atualmente a empresa possui um acumulado de balanço de carbono (emissões – remoções) de -24.096.570 toneladas de CO2  no período 2020/21, que representa 60,2% desta meta. Saiba mais sobre os “Compromissos para renovar a vida” definidos pela Suzano com foco no desenvolvimento sustentável, acesse https://compromissos-renovar-vida.suzano.com.br/

Por Flávio Borgneth | P6 Comunicação


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