Diagnóstico precoce pode retardar evolução da doença de Parkinson

“Quando identificada no início, é possível fazer um planejamento terapêutico mais adequado”, afirma neurologista

Diagnóstico precoce pode ajudar pacientes com doença de Parkinson | Foto: Freepik

Recentemente a jornalista Renata Capucci, de 49 anos, revelou ter doença de Parkinson. A notícia deixou muita gente em alerta, já que o diagnóstico foi dado quando ela tinha apenas 45 anos. “A doença acomete todas as faixas etárias. É mais comum de acontecer por volta dos 50, 60 anos, mas pacientes mais jovens podem manifestar também. Apenas 10% a 15% dos casos começam nessa faixa etária dos 40 anos”, explica o neurologista da Unimed Vitória Daniel Escobar.

A doença de Parkinson é degenerativa e consiste na perda de neurônios numa área específica no cérebro, responsável pela modulação do movimento. “Isso faz com que o paciente manifeste um conjunto de sinais como dificuldades de realizar movimentos. A pessoa faz movimentos mais lentos, dá passos pequenos, perde a expressão no rosto. Além disso, tem a rigidez, o corpo fica duro, há dificuldade até para virar na cama”. Um dos sintomas mais conhecidos da doença, o tremor em repouso, é presente em muitos casos, mas não é o principal sintoma da doença de Parkinson.

Estar atento aos sinais é imprescindível para conseguir fazer um diagnóstico precoce. “A doença quando identificada precocemente permite um planejamento terapêutico mais adequado. A gente consegue dar mais funcionalidade ao paciente no início dos sintomas, reverter algumas perdas de movimento, proporcionar que o paciente tenha uma vida muito próxima do normal”, destaca o especialista.

Quando descoberta de forma precoce, a doença de Parkinson pode ser tratada com medicamentos que oferecem resultados promissores no sentido de retardar a evolução da doença. “Não tenho dúvidas de que um tratamento preconizado eficaz é o medicamento Prolopa. Há outras medicações que funcionam de maneira similar. Pode ser indicada até uma intervenção cirúrgica em alguns casos. Não existe cura para a doença de Parkinson, mas há tratamento. Um tratamento adequado pode retardar a evolução da doença e melhorar de forma significativa a qualidade de vida dos pacientes”.

Por Marcella Andrade


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