Como montar um cardápio saudável e acessível diante da alta no preço dos alimentos

Nutricionista ensina dicas de como fazer refeições nutritivas e reaproveitar partes dos alimentos que geralmente são descartadas

Cardápio saudável é possível mesmo com alta nos preços dos alimentos | Foto: Freepik

O aumento da inflação está causando dificuldades na hora de ir às compras em busca de uma dieta saudável. No entanto, apesar da alta no preço dos alimentos, é possível compor pratos equilibrados, mudando a alimentação com disciplina e autoconhecimento, sem deixar de lado as opções nutritivas e acessíveis.

A tarefa inicial é pesquisar quais alimentos estão na safra, pois durante a época de plantio o preço fica mais baixo à medida que não há a necessidade de usar tantos agrotóxicos, já que a estação está favorável para a produção. Outra vantagem é consumir hortaliças.

É possível criar um cardápio nutritivo com proteínas, frutas e verduras, apesar da instabilidade dos preços. A nutricionista da Unimed Vitória Hewelyn Moraes ensina que o correto é pensar em um prato dividindo-o em três partes: “metade de salada variada, outra parte com proteína saudável, como o frango, ovos ou peixes, e na outra parte arroz e feijão. As frutas da estação estão sempre com preços mais em conta, e devem ser consumidas como sobremesa em quantidades estabelecidas”.

Para reduzir os custos causados pela constante variação de preços, é possível congelar os alimentos para a semana de consumo, sem que percam as vitaminas e minerais. Essa prática é uma boa ideia para as pessoas que não têm tempo de preparar uma alimentação saudável durante a semana. Além disso, a quantidade de comida preparada influencia na economia, ou seja, evitar desperdícios e comprar somente o necessário, pensando na qualidade de vida, também é uma forma de poupar dinheiro.

É recomendado planejar os alimentos que serão preparados durante a semana para focar na hora de ir às compras e economizar. Hewelyn explica que ir ao supermercado com fome motiva as pessoas a comprarem itens poucos saudáveis, refinados e mais calóricos. “Por isso, o ideal é fazer um lanche reforçado e ter em mãos a lista do que realmente é necessário. O reaproveitamento também é uma dica essencial para uma refeição acessível e sustentável, reduzindo o lixo orgânico com a elaboração de bolos, farofas, geleias e pães utilizando cascas e sementes que seriam descartadas”.

Evitar fazer refeições fora de casa e preparar os próprios alimentos, sempre que possível, faz bem tanto para o bolso quanto para a alimentação, pois assim surge um controle maior de quais nutrientes estão presentes no cardápio e a composição de cada um deles. Essa prática também estimula a criação de novas receitas, motiva o prazer em cozinhar, e promove bons hábitos na alimentação.

Por Marcella Andrade


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