Os profissionais de saúde vinculados à secretaria municipal de Saúde de Linhares, região norte do Espírito Santo, participarão nesta quarta-feira (3), de Treinamento de Manejo Clinico, Laboratorial e Fluxo de envio de amostras para Monkeypox no Espírito Santo, conhecida popularmente como varíola dos macacos. O treinamento será conduzido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e é destinado aos profissionais da Vigilância Epidemiológica, Atenção Primaria e Urgência (PAs, UPAs e Hospitais).
No treinamento, serão tratados temas como as ações de vigilância quanto à definição de caso, processo de notificação, fluxo laboratorial, investigação epidemiológica e garantir o desenvolvimento de ações para a segurança da população e dos profissionais envolvidos. Vale destacar que, até o momento, Linhares não registrou nenhum caso suspeito da doença.
Após o treinamento, a diretora da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Linhares, Jackelene Ramos, replicará o treinamento para os demais profissionais de saúde do Município com o objetivo de preparar os profissionais do município para melhor enfrentamento de eventuais casos da doença.
A Secretaria também divulgará a seus profissionais todas as informações e notas técnicas produzidas pela Vigilância Estadual de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde para orientar os procedimentos.
Segundo o secretário de Saúde, Saulo Rodrigues Meirelles, palestras e cursos de atualização dos profissionais municipais serão realizados sempre que necessário. “Estamos todos em alerta para o surto da doença no País e mobilizados para oferecer o melhor atendimento aos moradores, baseados nos documentos técnicos e protocolos da Secretaria da Saúde do Espírito Santo, do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde”, afirmou.
Sintomas e prevenção
O principal sintoma da varíola dos macacos é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas pelo corpo. Podem surgir febre, dor de cabeça, caroço no pescoço, axila e virilha, calafrios, cansaço e dor muscular. Para prevenir é recomendado evitar o contato íntimo com infectados ou pessoas que possuem lesões na pele, higienizar as mãos com frequência e evitar o compartilhamento de roupas, toalhas, copos, talheres e objetos pessoais.
Segundo o Ministério da Saúde, com a erradicação da varíola, a vacinação foi suspensa em todo o mundo por volta de 1980. No Brasil, campanhas mais robustas ocorreram até 1975, mas até 1979 o imunizante era aplicado nos postos de saúde. Os indícios apontam que quem nasceu antes dessa data e foi vacinado está protegido contra a monkeypox. A média de idade dos contaminados está abaixo dos 38 anos. O Ministério da Saúde informou que não há previsão de vacinação no Brasil, mas que está em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para adquirir o imunizante.
Por Alexandre Araújo
Siga A IMPRENSA ONLINE no Instagram, Facebook, Twitter e YouTube e aproveite para se logar e deixar aqui abaixo o seu comentário