Para acolher mulheres maduras, organizações devem rever políticas e práticas de RH, aponta estudo

O estudo é baseado em 58 entrevistas com mulheres que ocupavam ou já haviam ocupado cargos de lideranças em empresas brasileiras de diferentes setores.

O estudo é baseado em 58 entrevistas com mulheres | Foto: FGV

Apesar do crescimento da participação feminina nas organizações, o processo de envelhecimento ainda traz prejuízos às mulheres no ambiente de trabalho. Por um lado, elas sofrem com a pressão para manter uma aparência atraente e jovem e corpos funcionais e produtivos. Por outro, lidam com a incerteza sobre os rumos da carreira, mesmo nos cargos de alta gestão, pois as oportunidades no mercado de trabalho diminuem para profissionais maduras.

As constatações estão no artigo das pesquisadoras da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP) Vanessa Martines Cepellos e Maria José Tonelli, publicado na Revista Organizações e Sociedade. O estudo é baseado em 58 entrevistas com mulheres que ocupavam ou já haviam ocupado cargos de lideranças em empresas brasileiras de diferentes setores. As entrevistadas tinham entre 41 e 63 anos.

Diante da morte simbólica, as profissionais buscam retardar o envelhecimento através do desenvolvimento de novas habilidades. As executivas maduras também relatam foco em redefinir o propósito do trabalho em suas vidas. Após anos dedicados à profissão, essas mulheres desejam conciliar a carreira com a vida familiar e social e atividades de lazer. Quando buscam uma nova carreira em atividades como docência, consultorias ou empreendedorismo, demandam a valorização de sua experiência e conhecimento.

Neste processo de renascimento simbólico das profissionais mais velhas, é importante que organizações as auxiliem a conciliar melhores condições de trabalho com qualidade de vida. “As organizações que desejam reter essas mulheres devem se concentrar em mudar as políticas e práticas de recursos humanos, além de criar uma cultura de apoio, utilizar efetivamente os seus talentos e motivar a busca por conquistas”, analisam as autoras.

Da Redação | Fonte: FGV


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