Dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) apontam que em 2021 o Brasil atendeu cerca de 9% das importações de carne de frango do México, contra 88% dos EUA e 3% do Chile (neste caso, sobretudo carne de peru).
Aplicados esses índices à importação mexicana total indicada pelo USDA para 2021 – 917 mil toneladas – chega-se aos volumes apontados no gráfico abaixo, à direita. Ressalve-se, no entanto, que o total exportado pelo Brasil para o México no ano passado aproximou-se das 104 mil toneladas, 550% a mais que em 2020.
A título de comparação, o gráfico também mostra (acima, à esquerda) o número de estabelecimentos habilitados pelas autoridades sanitárias do México a exportar para aquele mercado. A presença brasileira (66 estabelecimentos, 4% do total) é, como se constata, incomensuravelmente menor que a norte-americana.
Porém, apesar da minoria apontada, em 2022 as exportações brasileiras devem aumentar sua fatia nas importações mexicanas. E o próprio USDA reconhece esse fato, observando que entre janeiro e maio deste ano os EUA perderam 10 pontos percentuais de participação (ou seja, ela recuou de 88% para 78%), devido à redução a zero das tarifas de importação pelo Presidente Lopez Obrador, do México. Em decorrência – conclui o USDA – o Brasil será o grande beneficiado.
Em suas estimativas para 2022, o USDA projeta que as importações mexicanas de carne de frango devem apresentar aumento anual próximo de 1,5%, situando-se em torno das 930 mil toneladas (a registrar, neste caso, que entre janeiro e julho o Brasil exportou para o México perto de 96 mil toneladas, o que significa que em apenas 7 meses a participação brasileira já ultrapassou os 10%).
Já as primeiras projeções para 2023 mencionam 950 mil toneladas, volume mais de 2% superior ao estimado para o corrente exercício. No gráfico abaixo, a composição do mix exportado por EUA e Brasil para o México. As vendas norte-americanas estão concentradas nas leg quarters (coxa/sobrecoxa). As brasileiras, no peito de frango. O segundo principal item exportado pelos dois países é a carne de frango mecanicamente separada (CMS).
Da Redação | Fonte: AviSite
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