Meningite: entenda a importância da vacinação e do diagnóstico precoce

A vacinação de crianças e de outros grupos prioritários pode evitar que a doença se espalhe. Quando não tratada adequadamente, o índice de mortalidade por meningite pode chegar a 50% dos pacientes acometidos.

Foto: Divulgação/Reprodução

Vacinação e diagnóstico precoce são as formas mais eficientes para prevenir ou para evitar que as graves sequelas deixadas pela meningite, uma infecção provocada por bactérias, fungos ou vírus, que afeta as membranas ao redor do cérebro e cujos casos vêm aumentando no Espírito Santo.

De acordo com a médica infectologista Ana Carolina D’Ettorres, a meningite é considerada uma doença grave porque, além de ser capaz de provocar a morte, ela também pode deixar sequelas incapacitantes nos pacientes, surdez, cegueira e até mesmo a amputação de membros.

“Com tratamento adequado a mortalidade pode chegar a 20%, enquanto que, sem tratamento adequado, pode chegar a 50%.  Comumente, a apresentação tem uma evolução muito rápida, sendo a piora observada em 24h após início de sintomas”, detalha a médica.

Por isso, buscar atendimento médico logo que surgirem os primeiros sintomas é fundamental.

“Os sintomas são marcados por febre alta, vômitos que não estão associados a náuseas e alteração do nível de consciência. Em alguns casos, podem ocorrer manchas vermelhas pelo corpo”, explica a infectologia.

Já o diagnóstico é feito por meio de um exame chamado punção lombar, que consiste na retirada de uma amostra do líquido que envolve o sistema nervoso central para que as características dele e a possível presença de bactérias sejam analisadas.

Vacinação reduz casos de infecção e gravidade da doença

As meningites bacterianas podem ser prevenidas por vacinas, que além de reduzirem a ocorrência de casos, também podem reduzir a gravidade da doença em pacientes infectados.

“A vacinação é recomendada rotineiramente para crianças e profissionais de saúde. Outros grupos precisam de uma avaliação de risco epidemiológico para vacinação ou quando existem campanhas de vacinação em massa”, afirma Ana Carolina.

As vacinas meningocócica C e pneumocócica são disponibilizadas pelo SUS (o Sistema Único de Saúde), mas as vacinas meningocócica ACWY e meningocócica B, que ampliam a proteção, são disponibilizadas apenas pela rede privada.

Por Maíra Mendonça


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