Entenda como a falta de sono pode afetar o desenvolvimento neurológico de crianças

Irritabilidade, alterações no apetite e prejuízos na capacidade de atenção e memória estão entre as consequências de dormir de forma inadequada. Especialista explica que os pais são um grande exemplo para os filhos e que, para promoverem bons hábitos de descanso, devem ter uma rotina igualmente equilibrada. 

O sono tem uma importância fisiológica fundamental na vida do ser humano, principalmente às questões ligadas ao comportamento e cognição. A privação de sono em crianças tem como consequência a irritabilidade, alterações no apetite e prejuízos na capacidade de atenção e memória, ocasionando queda no rendimento escolar.

A percepção do aparecimento destes sinais demonstrados pela criança merece atenção. O neurologista da Unimed Vitória, da capital do Espírito Santo, Paulo Rosa alerta que, além desses principais sintomas, a perda ou ganho de peso, uso excessivo de telas ou mudanças de comportamento de qualquer natureza podem ter relação com um sono prejudicado.

“Os pais devem ter em mente que são responsáveis pela criação e estabelecimento de hábitos saudáveis em seus filhos. Como existe um ciclo de sono-vigília, isso deve ser propiciado através de regras e exemplos estabelecidos pelos pais. Por exemplo, dormir no mesmo horário (observando um tempo de sono variável entre 7 e 10 horas) e reduzir sons e luzes por, pelo menos, uma hora antes de se deitar. Além disso, nas medidas de higiene do sono, é recomendável a prática de contar historinhas e fazer orações à beira da cama com o objetivo de estimular o cultivo da espiritualidade dos pequenos. Evitar que os filhos durmam no mesmo quarto que os pais, exceto em situações de doença e no primeiro ano de vida, e impedir o consumo de bebidas e alimentos que deixam o organismo agitado, como produtos que têm base em cafeína e comidas gordurosas e ricas em carboidratos, também são ações necessárias”, explica o especialista.

Para o tratamento e recuperação da qualidade do sono em crianças com tratamento medicamentoso, é importante lembrar que a automedicação nunca deve ser aplicada. “Cada paciente tem sua particularidade. Uma medicação que funciona bem para uma pessoa, pode fazer muito mal para outra. Medidas básicas de higiene do sono não funcionam. O especialista deve investigar algum outro transtorno que possa estar interferindo no momento de descanso”, comenta o neurologista Paulo Rosa.  

A sonolência excessiva durante o dia pode ser mais um sinal de que algo no sono não está bem. O procedimento correto é procurar um especialista para decidir sobre os exames, como a polissonografia, que estuda o sono em vários parâmetros, auxiliando no diagnóstico final.

Por Maíra Mendonça


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