Degustadores e representantes do setor de qualidade provam cafés especiais produzidos em Linhares

Fotos: Kevyn Fracalossi

Degustadores e representantes de entidades ligados ao setor de qualidade do café puderam conhecer os cafés especiais e os métodos de produção seguidos pelos produtores do município de Linhares, região norte do Espírito Santo. A visita aconteceu nesta quinta-feira (7), na propriedade do vencedor do Concurso de Qualidade do Café Conilon de Linhares em 2021, Lúcio Passamani, em São Rafael, que se tornou rota turística na cidade. Na localidade estão instalados quatro dos cinco terreiros suspensos, que são unidades de referência em qualidade do Conilon, do Programa Linhares Coffee.

O secretário municipal de Agricultura, Franco Fiorot, ressaltou que essa foi uma visita estratégica que reuniu especialistas em café Conilon e profissionais de instituições ligadas ao setor, para conhecer mais sobre o programa e, principalmente, o trabalho que os produtores estão fazendo em relação à qualidade dos cafés.

“É importante essa interação com o público altamente formador de opinião do setor, para que ele possa propagar Estado e Brasil afora sobre a qualidade do nosso café, as práticas sustentáveis adotadas e a verticalização da produção, reconhecendo esse trabalho com os cafés especiais, fruto da dedicação dos produtores que abraçaram o nosso programa”, disse o secretário, lembrando que a produção de cafés especiais foi impulsionada com a realização dos concursos de café, que este ano está na quinta edição, e da instalação dos terreiros suspensos pelo município de Linhares.

Na ocasião, os visitantes puderam degustar o Café Especial Duda Coffee, Peruchi Coffee, Café Pai e Filho, Café Recanto do Conilon, Café Sítio Lagoa Terra Alta e Café Flor de Liz, que também estavam disponíveis para a comercialização.

O diretor de qualidade da empresa Robusta Coffee, Jonas Francisco Orletti, foi um dos visitantes que comentou sua percepção dos cafés especiais que estão sendo produzidos em Linhares. “Os cafés tinham perfis sensoriais diferentes uns dos outros, porém todos cafés especiais, muito bons, principalmente para o nosso comércio. O linharense já está muito bem servido. Os produtores não estão fazendo o café de um modo aleatório, eles sabem o que fazem, justamente porque tiveram acompanhamento e treinamento para isso, e o resultado tem sido muito consistente”, pontuou.

O superintendente do Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (Cetcaf), Frederico de Almeida Daher, destacou que é preciso criar oportunidades aos produtores que estão no processo de desenvolvimento, e com estímulo e orientação tecnológica, abrir novos horizontes para sua vida e de sua família.

“Precisamos diminuir as diferenças sociais e esse trabalho belíssimo sinaliza que é possível se desenvolver e com poucos recursos. Vimos ontem uma família inteira trabalhando, fazendo um trabalho belíssimo, esperançoso e entusiasmado. Saí de lá renovado e feliz. Com relação à qualidade estamos quebrando paradigmas. O Conilon desde sua origem, criou a mística de ser um café de qualidade inferior, e esse trabalho de longos anos vem mostrando que ele é como o arábica, suas qualidades excepcionais também. Hoje temos Conilon capixabas com pontuações excepcionais ganhando concursos nacionais e internacionais”, ressaltou Daher.

Após a visita, que reuniu representantes da Robusta Café, Cooabriel, Cafesul de Muqui, Ifes, Cetcaf, OCB/ES, Senar-ES e dos produtores que produzem cafés especiais, se reuniram para um jantar para integração e troca de experiências. A visita contou com apoio do Sebrae-ES e do Sicoob.

Por Valda Ravani


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