Da gestação à adolescência: veja como cuidar das crianças para garantir adultos com mais saúde 

Especialista explica que a prevenção de doenças na infância é fundamental para um futuro mais saudável, devendo começar a partir do momento em que a mulher descobre a gravidez.    

As experiências e hábitos adquiridos na infância são possuem uma influência fundamental na formação das crianças até atingirem a vida adulta; Por isso, pais e responsáveis devem atuar preventivamente junto aos serviços de saúde para garantir que seus filhos sejam mais saudáveis no futuro.  

A pediatra da Unimed Vitória Mariangela Alochio explica que as ações de prevenção às doenças devem começar já a partir da gestação. Mulheres grávidas devem manter uma alimentação adequada para evitar doenças, a exemplo do diabetes, que podem prejudicar os bebês.  

“Após esse período, a maior prevenção que se tem conhecimento com comprovação científica é o aleitamento materno. A longo prazo, as crianças podem ter menos doenças metabólicas, incluindo hipertensão e diabetes, quando são amamentadas diretamente pela mãe. É um trabalho que as famílias e os profissionais de saúde devem promover. Crianças com amamentação exclusivamente materna não precisam de nenhum outro tipo de vitamina a não ser o complemento da vitamina D até os seis meses de idade”.   

Devem ser evitados os alimentos que contém muito açúcar até pelo menos os dois anos de idade dos filhos, além do incentivo à ingestão de legumes e frutas.  

O sal deve evitado até um ano de idade. Já os alimentos industrializados, com condimentos e corantes, precisam ser evitados até quando for possível. Também é importante motivar os pequenos a beber água com frequência, pois é mais difícil de ensinar a eles quando ficam mais velhos.  

Imunização na infância e adolescência 

A vacinação é uma das ações mais importantes para prevenir doenças. A infância é o momento de tomar muitas vacinas, porque elas protegem o corpo humano contra vírus e bactérias que provocam doenças graves.  

O Brasil tem um calendário vacinal definido pelo Ministério da Saúde e ofertado nas unidades de saúde, com vacinas que devem ser tomadas pelas mães desde o início da gestação. Algumas vacinas extras não estão disponíveis nas unidades públicas, mas existem em clínicas de vacinação privadas.  

“O profissional que acompanhará a criança deve explicar aos pais os estágios das vacinas de acordo com a evolução da faixa etária, incluindo datas específicas e os reforços. Para a adolescência, que é um período para o qual as pessoas não costumam dar tanta importância, existe a vacina contra a meningite, que deve ser tomada na faixa de 11 aos 14 anos. É importante lembrar que existem vacinas apropriadas e a maioria delas está disponível de forma gratuita”, reforça a pediatra. 

Sono saudável e atividades físicas  

Um fator importante para o desenvolvimento de adultos saudáveis é o sono. Mariangela alerta que as crianças têm diferentes necessidades de sono de acordo com a faixa etária.  

“No atual mundo moderno, com várias telas e luzes, isso é um dos fatores que provocam a falta de sono ou um deixam o sono inquieto. Antes dos dois anos é recomendado que os filhos não tenham nenhum contato com telas digitais. De acordo com o crescimento, os pais precisam ser vigilantes para que a criança não troque brincadeiras, atividades normais e o sono por opções artificiais. Crianças que dormem tarde sofrem prejuízos na aprendizagem, podendo atrapalhar até no crescimento, porque determinados hormônios são produzidos durante o repouso”.  

Com relação ao ambiente escolar, as crianças precisam ter seus horários definidos para as suas atividades. Elas não devem ser feitas à noite, quando a criança está cansada. Também não é recomendado que a criança faça atividades simultâneas, como por exemplo, fazer refeições assistindo TV e atividades da escola ouvindo música.  

Atenção aos hábitos dentro de casa  

Os acidentes domésticos, como quedas e ingestão de substâncias tóxicas, são outras causas de danos permanentes na infância e adolescência. Além disso, existem as doenças metabólicas que podem aparecer no futuro, incluindo a diabetes, hipertensão, colesterol e triglicerídeos elevados.  

“Esses diagnósticos têm sido cada vez mais vistos nos consultórios pediátricos e estão intimamente relacionados com alimentação e estilo de vida das famílias. Um histórico familiar com herança genética também tem relação com esse quadro”, finaliza a pediatra Mariangela Alochio.  

Por Maíra Mendonça


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