Novas dinâmicas agilizam a inclusão de alunos com deficiência nas escolas

No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3/12), conheça a escola da Grande Vitória que usa até aulas de educação física para desenvolver a empatia dos estudantes

Fotos: Divulgação

Todas as crianças têm o mesmo direito à educação. Nesse Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3/12), conheça algumas práticas fundamentais para que alunos com deficiência se sintam acolhidos e inseridos nas rotinas e métodos de ensino. O processo de inclusão é direito desses estudantes: de acordo com a Lei nº 7.853, todo brasileiro em idade escolar deve frequentar uma sala de aula. E a educação inclusiva chega para proporcionar o acesso à escola regular para qualquer pessoa.

As adaptações começam pela estrutura das escolas, que precisa permitir a circulação de todos por meio de rampas e/ou elevadores, barras de apoio, portas com maçanetas tipo alavanca e banheiros adaptados. Mas esse processo não se limita ao espaço físico: o corpo docente precisa estar devidamente preparado, atualizando o projeto pedagógico e introduzindo recursos e tecnologias assistivas quando necessário.

“Um ambiente escolar pronto para receber jovens com deficiência não deve ser visto como um diferencial, mas sim como algo indispensável. Além de termos unidades adaptadas, trabalhamos para que todos os nossos alunos tenham as mesmas condições de aprender e enfrentar os desafios de sua trajetória escolar e de vida. As atividades colaborativas que incentivam o respeito ao próximo são uma constante nas nossas disciplinas. Formamos cidadãos capazes de entender a importância da igualdade e da inclusão”, disse a Diretora do Centro Educacional Primeiro Mundo, Adriana Selga.

Se colocar no lugar do outro

Até disciplinas como educação física podem desenvolver a empatia e o senso de igualdade entre os estudantes. Nesse contexto, a dinâmica “cego por uma aula” trouxe para os alunos a vivência de andar pela escola e realizar atividades esportivas com os olhos vendados. Eles também têm aulas de “vôlei sentado”, na mesma posição em que jogadores paralímpicos com limitações motoras nas penas praticam o esporte.

“Essa são atividades que nos colocam no lugar do outro e nos mostram que, com adaptação e inclusão, todos podem praticar esportes e ter bem-estar na sua rotina”, disse o Coordenador de Educação Física do Centro Educacional Primeiro Mundo, professor João Paulo Fernandes. “Além de incentivar o esporte e vida saudável, acredito que o esporte também pode contribuir para a construção de valores e a cidadania”, complementa.

A inclusão deve ser constante dentro e fora de sala de aula, e é importante que a temática seja reforçada nos debates com alunos e famílias. Toda essa atenção é primordial para que as pessoas com deficiência sejam enxergadas como membros da sociedade, com plenas condições de convivência no colégio, no trabalho ou em qualquer situação cotidiana.

Por Flávio Borgneth


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