Indicador da Findes revela avanços na melhoria de ambiente de negócios no ES

O Observatório da Indústria lançou, nesta sexta-feira (16), a 4ª edição do IAN que traz uma análise dos 78 municípios do Estado

Homenageados IAN 2022 | Foto: Renan Donato

O ambiente de negócios dos municípios do Espírito Santo mostrou uma taxa de crescimento médio anual de 3%, em dado comparativo entre os anos 2019 e 2022. A manutenção do bom desempenho pode ser atribuída, principalmente, aos eixos de Capital Humano, Gestão Fiscal e Infraestrutura. A informação faz parte do Indicador de Ambiente de Negócios (IAN) 2022 lançado, nesta sexta-feira (16), pela Findes, por meio do Observatório da Indústria.

O IAN, além de auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas e na tomada de decisões do setor privado, serve de apoio à elaboração de estratégias para a melhoria da qualidade da gestão pública e como um fator de atração de investimentos, ao auxiliar os empreendedores a conhecer a realidade específica do ambiente de negócios dos municípios do Espírito Santo.

Presidente da Findes, Cris Samorini | Foto: Renan Donato

Durante o evento de lançamento, a presidente da Findes, Cris Samorini, ressaltou a importância da ferramenta para o desenvolvimento dos municípios e do Estado como um todo. “O IAN contribui para o planejamento de gestores e para a tomada de decisão de investidores. Quando o gestor analisa os dados do seu município, ele consegue identificar onde precisa de mais investimentos. O fato de termos mantido a taxa média de crescimento, demonstra que os municípios conseguiram enfrentar desafios, inclusive em meio à pandemia, e avançar em eixos fundamentais para melhoria da competividade e do ambiente de negócios”, afirmou.

Nesta 4° edição, o IAN continua sendo apresentado em um painel de dados no qual podem ser realizadas diferentes análises comparativas permitindo, assim, um diagnóstico mais robusto de como é o ambiente de negócios de cada localidade do Estado. No painel, os municípios recebem uma pontuação para cada um dos eixos – infraestrutura, potencial de mercado, capital humano e gestão fiscal – e das categorias e uma pontuação única para o IAN, que vai de 0 a 10 pontos.

Vale destacar que a análise comparativa entre os diferentes municípios se realiza por meio da clusterização, que permite reunir municípios com características similares, com o objetivo de respeitar as diferenças e as semelhanças de cada conjunto de localidade, o que permite a comparabilidade.

Entre 2019 e 2020, o ambiente de negócios dos municípios do Espírito Santo teve uma variação positiva de 0,45. Em 2019, o valor do IAN foi de 4,96, passando para 5,20 em 2020, 5,35 em 2021 e 5,42 em 2022.

A manutenção do bom desempenho do IAN pode ser atribuída aos eixos de Capital Humano (5,23), Gestão Fiscal (6,02) e Infraestrutura (6,43) que mostram crescimento consistentes desde 2019, com taxas de crescimento médio de 5,4%, 4,6% e 3,8%, respectivamente.

Para a gerente de Ambiente de Negócios, Gabriela Vichi, a melhoria destes eixos sinaliza a potencialidade do nosso Estado, em diferentes frentes. “No caso do Capital Humano, reforça o esforço conjunto em prol da ampliação da qualidade da educação básica e os avanços na qualificação técnica da mão de obra. No que tange à Gestão Fiscal, o Estado conseguiu instituir a cultura da responsabilidade fiscal também no âmbito dos municípios, sendo um pilar da gestão pública capixaba”.

No eixo Infraestrutura, a gerente ressalta que houve avanços na categoria de condições urbanas, visto que ocorreu um aumento generalizado no acesso à internet de alta velocidade nos municípios, especialmente nos anos da pandemia, além de melhorias nos indicadores de saneamento básico, principalmente com o avanço da implantação de formas alternativas e inovadoras de administração desse tipo de serviço, como as PPP´s.

“No eixo Infraestrutura, também está a categoria segurança pública, em que se observa um esforço constante e consistente de políticas de avanços da melhoria das taxas de furtos e roubos e de homicídios em nosso Estado”, avaliou.

Para as categorias, a maior variação positiva entre o IAN 2019 e o IAN 2022 foi para transporte (0,97), seguido por educação (0,93), condições urbanas (0,64), saúde (0,64), segurança pública (0,60), qualificação da mão de obra (0,42) e diversidade econômica (0,22). Já as categorias de tamanho de mercado (-0,65), acesso ao crédito (-0,56) e inovação (-0,06) recuaram em suas médias.

A nota média do IAN 2022 foi de 5,42, variação foi de 0,07 pontos com relação à edição do IAN 2021. Houve melhoras na nota média do IAN 2022 nos eixos de capital humano (+0,21) e infraestrutura (+0,20).

O lançamento do IAN 2022 contou com a participação de diversas autoridades estaduais e representantes de prefeituras. 

O representante da Amunes e prefeito de Viana, Wanderson Bueno, destacou que o IAN oferece um norte para as gestões municipais na adoção de estratégias que melhorem o ambiente de negócios. “Muitas regiões não conseguem fazer esse levantamento e o IAN vem como um grande parceiro, principalmente por ser um ambiente colaborativo, que traz separações justas por municípios com características semelhantes. Com esses indicadores, é possível termos um caminho positivo para levar qualidade de vida para a população”, disse.

Para elaborar o estudo, o Observatório da Indústria contou com a ajuda do TCE-ES. “A visão estratégica do TCE-ES não é punir, e sim ser um parceiro estratégico dos municípios e da administração pública para melhorar a governança. E acredito que nossa simples participação nesse estudo tão bem elaborado mostra isso”, ponderou Rodrigo Chamoun, conselheiro presidente do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES).

“Para pensar em políticas públicas, precisamos de dados concretos e transparentes. Com o IAN, não há espaço para improviso e achismo, conseguimos tomar decisões com base em dados que contribuem para consolidar o desenvolvimento do Estado. O trabalho do Observatório da Indústria com IAN vem trazendo luz para essa tomada de decisões dos gestores e empreendedores”, afirmou o diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Silva Lira, que estava representando o governador do Estado, Renato Casagrande.

Prêmio de Reconhecimento IAN 2022

Marília Silva, gerente-executiva do Observatório da Indústria e economista, chefe da Findes | Foto: Renan Donato

Como uma forma de reconhecer os esforços da gestão pública na melhoria do ambiente de negócios, a Findes homenageou os municípios com as melhores médias do IAN, dentro do seu cluster, e aqueles que tiverammaior crescimento anual no IAN entre 2019-2022, também em cada cluster – grupo demunicípios com características similares

“É importante valorizarmos a evolução dos municípios que tiverem uma boa evolução nos eixos e nas categorias. E fazer um trabalho por clusterpermite identificar cidades que passam por desafios semelhantes apesar de permanecerem em certa distância geográfica. Este é mais um diferencial do IAN em relação a outros indicadores”, explicou Marília Silva, gerente-executiva do Observatório da Indústria e economista-chefe da Findes.

Reconhecimento IAN 2022:

Critério 1: Primeiro colocado em cada cluster no IAN 2022

  • Montanha – 1º colocado no Cluster 1 do IAN 2022
  • Marilândia – 1º colocado no Cluster 2 do IAN 2022
  • Venda Nova do Imigrante – 1º colocado no Cluster 3 do IAN 2022
  • Aracruz – 1º colocado no Cluster 4 do IAN 2022
  • Vitória – 1º colocado no Cluster 5 do IAN 2022
  • Presidente Kennedy – 1º colocado no Cluster 6 do IAN 2022

Critério 2: Melhor evolução em cada cluster entre 2019-2022

  • Irupi – Melhor evolução no Cluster 1(⬆️ médio anual de 7,4%)
  • Água Doce do Norte – Melhor evolução no Cluster 2 (⬆️ médio anual de 8,6%)
  • Marataízes – Melhor evolução no Cluster 3 (⬆️ médio anual de 7,6%)
  • Ibiraçu – Melhor evolução no Cluster 4  (⬆️ médio anual de 7,5%)
  • Serra – Melhor evolução no Cluster 5  (⬆️ médio anual de 4,7%)
  • Mimoso do Sul – Melhor evolução no Cluster 6 (⬆️ médio anual de 8,0%)

Entenda sobre o cluster:

A análise comparativa entre os diferentes municípios se realiza por meio da clusterização, que é um agrupamento que permite reunir municípios com características similares com o objetivo de respeitar as diferenças e as semelhanças de cada conjunto de localidade, permitindo, assim, a comparabilidade.

Por Natália Magalhães


Siga A IMPRENSA ONLINE no InstagramFacebookTwitter e YouTube e aproveite para se logar e deixar aqui abaixo o seu comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *