Bahia, destino dos bons negócios

Unidade Fabril de Calçados Ramarim | Foto: Manu Dias/GOVBA

Foram oito anos de muito trabalho, algumas restruturações organizacionais e uma pandemia. Entre 2015 e 2022, os números mostraram um balanço positivo. Nesse período, foram implantados, no estado, 453 empreendimentos beneficiados com incentivos fiscais, que resultaram no investimento de mais de R$ 50 bilhões e cerca de 65 mil empregos, sendo que 73,5% foram implantados no interior e o restante na capital e Região Metropolitana de Salvador.  

“Esses dados confirmam o compromisso do governo baiano, que tem como prioridade a interiorização dos investimentos. A pasta cumpriu o compromisso de manter a economia aquecida, o ambiente de negócios saudável e garantir a atração de investimentos e geração de empregos. A Bahia tem, ainda, 340 empreendimentos incentivados em implantação, que preveem investimento privado de aproximadamente R$ 114 bilhões, com criação de aproximadamente 26 mil vagas de trabalho”, afirma João Neto Pinheiro, secretário em exercício da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).  

Parque de Energia Solar da Renova no município de Caetité | Foto: Carla Ornelas/GOVBA

Marcos 

O segmento de Energias Renováveis foi o que mais contribuiu para a interiorização do desenvolvimento nestes oito anos e o Governo do Estado, por meio da SDE, trabalhou muito para atrair novos empreendimentos tanto de energia eólica quanto solar. Um dos exemplos foi a aprovação da resolução que dá agilidade ao licenciamento ambiental de empreendimentos eólicos, que teve a articulação da SDE em todo o processo. A resolução estabelece procedimentos céleres para o licenciamento de usinas eólicas, bem como adequação às normas vigentes e a incorporação de práticas que já vem sendo executadas pelas empresas do setor.  

Outro grande marco da gestão foi a publicação da Instrução Normativa que dispõe sobre a regularização fundiária das áreas dos parques eólicos do estado. A medida, pioneira no país, traz agilidade à emissão dos títulos de terra, beneficiando agricultores e agricultoras familiares que moram e tiram seu sustento nas áreas com potencial de geração de energia eólica, chamadas de Corredores de Vento. Com a instrução normativa, os agricultores passam a ser proprietários da terra e podem fazer o arrendamento da área com as empresas, além de garantir segurança jurídica para os empreendedores e de ativar o papel do Estado nos trabalhos de regulação da sua malha fundiária e na promoção do desenvolvimento rural e socioeconômico do Estado. 

De acordo com os dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) de outubro de 2022, a Bahia segue líder na geração total de energia eólica (32,57%) e solar (28,89%) no país. O Estado tem um total de 252 parques eólicos em operação, com 6,5 gigawatts (GW) de potência instalada. Estima-se que os parques em operação tenham investido R$ 26 bilhões e gerado mais de 65 mil vagas de trabalho em toda cadeia produtiva. Já a energia solar fotovoltaica, que tem 45 usinas em operação, com 1,3 GW de potência, investiu R$ 6 bilhões e criou mais de 40 mil empregos. 

Hidrogênio Verde 

A aposta no hidrogênio verde, combustível do futuro, foi outro grande passo do governo Rui Costa, que lançou, em abril, o Plano Estadual para Economia de Hidrogênio Verde (H2V), instituído pelo Decreto nº 21.200, de 2 de março de 2022. Vários estudos estão em andamento. O Senai/Cimatec está mapeando e analisando locais capazes de abrigar hubs regionais e produção de H2V e derivados para atender diferentes setores de atividade. A SDE está estudando cadeias de produção e o valor do hidrogênio e perspectivas de inserção do H2V e seus derivados no setor industrial. 

O lançamento da pedra fundamental da planta da Unigel, maior fabricante de fertilizantes nitrogenados do país, ocorreu em julho deste ano. A Unigel Agro, que tem protocolo de intenções firmado com o governo do Estado, por meio da SDE, vai investir inicialmente US$ 120 milhões na fábrica com capacidade de produção de 10 mil toneladas/ano de hidrogênio verde, que serão convertidas, nesse primeiro momento, em 60 mil toneladas/ano de amônia verde. Na segunda fase do projeto, prevista para entrar em operação até 2025, a Unigel pretende quadruplicar a produção de hidrogênio e amônia verdes. 

Da Redação | Com informações da Ascom SDE


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