Otite: entenda por que os casos aumentam no verão 

Evitar a manipulação do ouvido, com cotonete ou outro tipo de objeto, além de evitar a exposição prolongada à água são hábitos que ajudam a prevenir infecções.  

Otorrinolaringologista da Unimed Vitória, Giulliano Luchi | Foto: Divulgação

O aumento dos casos de otite no verão ocorre, principalmente, devido à exposição mais prolongada à água, já que espaços como piscinas e regiões litorâneas costumam ser mais frequentados.  

 De acordo com o otorrinolaringologista da Unimed Vitória Giulliano Luchi a otite é um quadro inflamatório do ouvido e pode ser classificada em três tipos: externa, quando atinge somente o conduto auditivo, ou seja, o canal do ouvido; média, ao atingir o tímpano e a orelha média, que é onde se localizam os ciclos da audição; e interna, uma condição rara e pouco frequente, que ocorre na parte interior da orelha.   

 Giulliano explica que a otite de maior incidência no verão é a externa. “Os principais causadores da otite externa são a gesticulação com os dedos e cotonete para coçar e limpar o ouvido. A entrada de água com muita frequência e umidade no canal auditivo também contribuem para a condição. Por isso, pessoas que tomam vários banhos por dia, frequentam piscinas, praias ou que realizam esportes aquáticos podem ter essa condição”, detalha o médico.  

O quadro pode ser tanto inflamatório quanto provocado por uma bactéria. No primeiro caso, os sintomas são dor, edema, inchaço e secreção. No segundo, pode haver dor, sensação de ouvido cheio, sensação de surdez, saída de secreção pelo canal auditivo, além de zumbido (apito), sensação de tontura e febre.  

Diagnóstico  

 Giulliano alerta que o diagnóstico deve ser feito a partir de uma espécie de entrevista feita pelo médico (chamada de anamnese) para entender os principais sintomas do paciente. Em seguida, é feita uma otoscopia, exame que avalia as estruturas do canal auditivo. Já com o exame da membrana timpânica, é possível ter uma noção da condição da orelha média. 

 “Com uma anamnese e o exame físico otológico, consegue-se definir com bastante precisão o quadro. Em condições muito diferentes, podem ser utilizados exames complementares, entre eles, a audiometria, que avalia a capacidade de ouvir sons e exames de imagem, sendo mais comum uma tomografia de ouvido”.   

 Prevenção e tratamento 

 Evitar a manipulação do ouvido, seja com cotonete ou qualquer outro tipo de objeto, além de evitar a exposição prolongada à água e umidade são hábitos que vão ajudar na prevenção das otites. É importante lembrar que o correto é sempre buscar orientação médica para tratar a condição de maneira adequada e evitar a proliferação e complicação para uma otite média.  

 “O tratamento normalmente é orientado pelo médico, sendo extremamente importante buscar orientação de um especialista para tratar de maneira adequada e evitar complicações das otites, que podem ser graves. Pode haver uso de medicações tomadas por via oral, de pingar no ouvido ou, também, realizar curativos. O acompanhamento por um tempo mais prolongado pode ser necessário até o reestabelecimento normal das funções do ouvido”, finaliza o otorrinolaringologista.  

Por Maíra Mendonça


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