Infectologista orienta como curtir o Carnaval com segurança

Prevenção de ISTs vai além do uso de preservativo. Fique atento aos riscos e conheça os tipos de profilaxia disponíveis

Foto: Divulgação

Inevitável pensar em Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) quando se pensa em Carnaval. Paixão de muitos, o maior feriado do calendário brasileiro é um momento de liberação e euforia. Quando regada ao alto consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas, a festa acaba tornando milhares de pessoas mais vulneráveis às ISTs. “Precismos falar abertamente sobre o assunto. Há muitas formas de se prevenir contra essas infecções que são transmitidas durante o ato sexual”, alerta a infectologista Ana Carolina D’Ettorres.

As ISTs são infecções por vírus, bactérias ou outros microrganismos. O contágio ocorre principalmente por meio do contato sexual com uma pessoa infectada sem o uso de proteção. Entre as principais ISTs estão a infecção pelo HIV, sífilis, herpes genital, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) e Hepatites virais B e C. 

“É importante ter uma rotina de testagem para ISTs. Para quem é sexualmente ativo é aconselhável testar a cada quatro meses. Assim é possível identificar infecções positivas e quebrar a cadeia de transmissão. Usar camisinha ainda é a forma mais simples de evitar ISTs, mas é preciso fazer da maneira correta: o preservativo deve estar presente durante todo o ato sexual”, afirma Ana Carolina. Os testes estão disponíveis pelo SUS.

E se tiver alguma relação sexual com parceria casual, sobretudo se acontecer sem camisinha, é bom ficar atento ao surgimento de sintomas. Caso acredite que pode estar em risco, procure um especialista o quanto antes para saber se tem a indicação do uso da Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), que deve ser iniciada em até 72 horas depois da relação sexual. 

Tratamento contínuo

Método de prevenção à infecção pelo HIV, a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) consiste na tomada diária de um comprimido que permite ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV. Por meio da PrEP, o indivíduo se prepara antes de ter uma relação sexual de risco. Trata-se da combinação de dois medicamentos, tenofovir e entricitabina, que impedem que o HIV infecte o organismo. 

Esse tipo de profilaxia é indicado para pessoas que tenham maior risco de entrar em contato com o HIV, como, por exemplo, aquelas que deixam de usar a camisinha frequentemente em suas relações sexuais e as que apresentam episódios recorrentes de ISTs. A dica é procurar um profissional de saúde para se informar se o método é indicado para você. 

Por Marcella Andrade


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