Sinusite: uso excessivo de descongestionantes nasais pode agravar os quadros 

Otorrinolaringologista afirma que a melhor forma de evitar a doença é investindo no aumento da imunidade e evitando tudo o que pode irritar as mucosas do nariz. Veja os detalhes.  

Foto: Divulgação

Dor na face, congestão nasal e dor de cabeça, que pode irradiar para os olhos, ouvidos e garganta estão entre os sintomas mais característicos da sinusite, uma inflamação das mucosas dos seios da face, ou seja, da região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos. 

O fluxo da secreção dos seios da face é permanente e imperceptível e a sinusite ocorre quando esta secreção é impedida de sair. De acordo com o otorrinolaringologista Albert Bitran, da Unimed Vitória, na capital do Espírito Santo, isso pode acontecer em função de alterações anatômicas das pessoas, que impedem a drenagem da secreção, ou também de processos infecciosos e alérgicos, como gripes e resfriados, já que eles inflamam as mucosas e facilitam a entrada de germes.  

No entanto, Albert alerta que o uso de medicações, a exemplo dos descongestionantes nasais, de forma excessiva e sem prescrição médica, ao invés de melhorar, acaba sendo um fator para o surgimento da sinusite.  

“Uma grande parte da sinusite é causada pela própria pessoa ao usar as medicações erradas no tempo errado, pois a partir do momento que os pacientes estão com viroses e coriza intensa, a primeira ação é recorrer diretamente ao uso do descongestionante. Nem sempre essa é a melhor solução, porque o uso do descongestionante endurece a secreção do nariz, possibilitando o acúmulo de muco nos seios da face e um ambiente propício para a reprodução de bactérias”, explica o especialista.  

Tratamento 

É possível tratar o quadro de sinusite sem uso de antibióticos. Mas, a partir do momento em que o quadro se agrava para uma infecção viral bacteriana, com grande acúmulo de secreção catarral, é necessário usar antibióticos e outros remédios que auxiliam na eliminação da secreção contaminada dentro do nariz.  Por isso, a consulta com o médico desde o início dos sintomas é importante para o início do tratamento, que irá impedir que o problema se agrave.  

O médico também chama a atenção para a necessidade de um diagnóstico correto, já que muitas vezes a sinusite é confundida com gripes, resfriados e rinites, por exemplo.  

“As pessoas confundem a sinusite com alergia e rinite. As pessoas que são alérgicas costumam ter muita rinite e, por isso, acham que sempre estão com sinusite. Outros pacientes têm sinusite crônica, isto é, uma condição sempre presente no corpo aliada à mucosa bem inflamada que não diminui e não volta ao estado original. Por isso, há uma variação de infecção para inflamação”, pontua o médico.  

Para prevenir a sinusite, é importante fortalecer a imunidade, o que inclui uma alimentação de qualidade, ingestão de bastante líquido e prática de exercícios. Albert Bitran também pontua que o hábito de tomar sol e de mergulhar no mar também podem ajudar a evitar essa infecção.  

“É fundamental reduzir a irritação nasal, evitando ao máximo tudo o que provoca alergias e inflamações. É preciso evitar o choque térmico, para as pessoas que gostam de tomar banhos muito quentes e manter os móveis limpos, de preferência com pano úmido”, indica o otorrinolaringologista.   

Por Maíra Mendonça


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