ES alerta para aumento de mortes no trânsito envolvendo motocicletas

Foto: Detran/ES

Nas vias do Espírito Santo são pouco mais de 660 mil motocicletas, motonetas e ciclomotores, o que corresponde a quase 30% do total da frota do Estado, que, atualmente, está em 2.283.998 veículos registrados. Mas os acidentes com esses veículos de duas rodas são responsáveis por quase metade das vítimas fatais de acidentes de trânsito no Estado. O Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran|ES) divulga os dados estatísticos envolvendo motocicletas e faz uma campanha educativa para alertar os motociclistas.   

Em 2022, os acidentes com motociclistas resultaram em 49% das vítimas fatais no trânsito do Estado, um aumento de 9,7% em relação a 2021. Foram 407 vidas perdidas em acidentes de trânsito, considerando somente esse veículo, contra 371 vítimas em 2021. Os dados são do Observatório da Segurança Pública do Espírito Santo, divulgados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp). Confira aqui.   

Já em 2023, os números de janeiro e fevereiro já mostram um aumento de 31,1% das vítimas fatais em relação ao mesmo período do ano anterior, com 59 óbitos em acidentes com motocicletas, 45% do total de vítimas fatais no trânsito e quase uma vítima por dia no Estado. Em 2022, foram 45 vítimas fatais em motocicletas no mesmo período. Confira aqui.   

Em relação aos acidentes, 8.615 envolveram motocicletas em 2022, sendo que 7.677 desses tiveram vítimas fatais ou parciais, de acordo com o Observatório de Trânsito do Espírito Santo, do Detran|ES. Em janeiro de 2023, já foram 650 acidentes com motociclistas, sendo 598 com vítimas.   

O diretor-geral do Detran|ES, Givaldo Vieira, destaca o impacto desses acidentes na sociedade. “Além das mortes que estão aumentando e nos preocupam, os acidentes com motociclistas expõem a fragilidade desses personagens do trânsito, que, por serem mais vulneráveis e não terem a proteção de um automóvel, muitas vezes ficam com sequelas graves e permanentes, o que impacta diretamente na vida do próprio motociclista, do passageiro e das suas famílias”, frisou.   

Segundo ele, os acidentes com motociclistas também refletem na ocupação de leitos e de tratamentos na rede pública de saúde. “São longos afastamentos das atividades laborais para a recuperação ou até na impossibilidade dessas pessoas, na maioria das vezes homens jovens, de voltarem ao mercado de trabalho nas mesmas atividades anteriores ao acidente, interrompendo carreiras e sonhos de pessoas em idade produtiva”, completou Givaldo Vieira.   

Por Rhayan Esteves, Fabricia Borges, Zu Coelho e Mayara Salles


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