Entenda o que é a esporotricose humana e como se prevenir

Forma mais comum de contágio é por meio de feridas ocasionadas por animais infectados, principalmente os gatos de rua

Forma mais comum de contágio é por meio de feridas ocasionadas por animais infectados principalmente os gatos de rua | Foto: Freepik

Em Linhares, Norte do Espírito Santo, o registro de quase 50 casos de esporotricose preocupa a população. Essa doença infecciosa, que atinge tanto humanos quanto animais, pode se tornar epidêmica se não for controlada. De acordo com o painel da esporotricose do Sistema de Informação em Saúde e-SUS Vigilância em Saúde, a doença se tornou um problema de saúde pública no Espírito Santo: as notificações saltaram de 202 em 2020 para 601 em 2021.

“Enquanto os cachorros adquirem uma forma de baixa virulência, semelhante a dos humanos, os gatos geralmente adquirem uma forma grave e disseminada da doença. Trata-se de uma micose subcutânea que surge quando o fungo Sporothrix entra no organismo por meio de uma ferida na pele”, detalha a infectologista Ana Carolina D’Ettorres.

O fungo, que vive na natureza, pode ser inoculado através da pele ou de mucosas, e ocasionar uma infecção. Essa infecção geralmente fica restrita à pele, onde forma úlceras; ou nos vasos linfáticos próximos, área em que fica perceptível um cordão endurecido que segue por um vaso linfático em direção aos gânglios.

A infectologista explica a forma mais comum de aquisição da infecção é por feridas ocasionadas por animais infectados, principalmente os gatos. Isso ocorre porque os felinos são muito sensíveis à doença, e por seu comportamento semidomiciliado, hábitos de higiene e arranhadura de árvores. Esses costumes facilitam o contato do fungo com o animal. Nos gatos a infecção é mais grave do que em humanos.

“Para quem tem gatos em casa e pode ficar preocupado com a esporotricose, vale esclarecer: gatos que vão para rua e que têm contato com animais doentes são aqueles que correm risco. Os felinos que são criados apenas dentro de casa, sem acesso à rua, não correm risco de adquirir a doença”, tranquiliza Ana Carolina.

Para prevenir a infecção é preciso evitar arranhões, perfurações e mordeduras. Se o animal estiver com feridas deve ser avaliado por um veterinário e tratado, para evitar a transmissão. “Sempre que observar lesões na pele ou houver alguma desconfiança sobre a presença da esporotricose, procure um médico de sua confiança para iniciar a investigação e o tratamento apropriados”. 

Por Marcella Andrade


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