Sarau destaca mulheres negras na literatura

Reunião na Assembleia marca um ano de coletivo criado para valorizar a escrita e o intelecto da mulher negra

Coletivo reúne 30 mulheres negras de todo o estado que escrevem sobre diversos gêneros | Foto: Arquivo/Coletivo Tereza de Benguela

Na próxima terça-feira, dia 11 de julho, o Coletivo Literário Tereza de Benguela completa um ano de fundação e celebra a data com a realização de um sarau na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). Na ocasião será realizada uma roda de conversa e debate sobre a regulamentação do grupo, com a criação de estatuto e regimento. O evento será realizado no Auditório Hermógenes Lima da Fonseca, a partir das 16 horas.

Criado pela professora Luciana Medeiro dos Santos, o grupo tem o objetivo de valorizar a escrita e o intelecto da mulher negra. Com um engajamento antirracista, o coletivo reúne 30 mulheres negras de todo o estado que escrevem sobre diversos gêneros literários, como crônicas, contos, poemas e artigos de opinião.

O grupo pretende alcançar projeção no mercado editorial, conquistando novos leitores e lutando por espaços acadêmicos. “Meu objetivo com esse Coletivo é fazer a sociedade conhecer a literatura produzida pela mulher negra no seu modo de agir e pensar, valorizando o seu intelecto e mostrando que nossos registros transformam realidades”, afirma Luciana.

O coletivo organiza saraus quatro vezes ao ano para confraternizar e debater pautas relevantes para a cultura literária e a transformação social do leitor que busca conhecer o agir e pensar da mulher negra capixaba. A apresentação na Ales foi proposta pela presidente da Comissão de Cultura, deputada Iriny Lopes (PT).

Tereza de Benguela

Viveu no século XVIII e liderou por 20 anos a resistência negra contra o governo escravista no Quilombo Quariterê (também conhecido como “Quilombo do Piolho”), localizado na fronteira do Mato Grosso com a Bolívia. No dia 25 de julho é celebrado no Brasil o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra e o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha.

Por João Caetano Vargas


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