Pneumologista lista dicas para evitar o agravamento da asma no inverno

Além da queda da temperatura, outros fatores podem ser gatilhos para crises de asma, a exemplo dos ambientes fechados e das roupas de frio guardadas por muito tempo

Dyanne Moysés Dalcomune | Foto: Divulgação

A asma é uma doença inflamatória que atinge os brônquios de forma crônica e que pode se agravar durante o inverno. Apesar de não ter cura, o problema pode ser controlado através de medidas que vão desde o controle de fatores ambientais até o uso correto da medicação.

A pneumologista da Unimed Vitória, na região metropolitana do Espírito Santo, Dyanne Moysés Dalcomune explica que durante os períodos mais frios, a baixa temperatura e o próprio ar mais frio sensibilizam os brônquios. Além disso, nessas épocas, todos ficam mais suscetíveis a contrair viroses, que agravam o quadro de asma. O ambiente também influencia: ambientes fechados e roupas de frio usadas depois de terem ficado guardadas por muito tempo são gatilhos que podem levar às crises.

“Uma dica importante para quem tem asma é sempre sair agasalhado. À medida que a temperatura vai subindo, a pessoa vai tirando as camadas de roupa. Da mesma forma, é importante lavar as roupas de frio antes de colocá-las em uso. Estar com as vacinas em dia também fundamental”, pontua a médica.

Além disso, é preciso lembrar de outros fatores que também podem tornar a asma aguda em qualquer época do ano. Cheiros fortes, perfumes, pelos de animais, refluxo, estresse, ansiedade e até mesmo risadas muito fortes estão entre eles.

Segundo Diane, o controle dos fatores ambientais pode ajudar muito os pacientes. “Usar o ventilador para cima para evitar que a poeira ventile em direção à pessoa, usar proteção antialérgica no travesseiro e no colchão, aspirar a casa ao invés de varrer e depois passar pano estão entre as principais formas de controlar o ambiente”, lista a especialista.

A importância do tratamento

Dyanne lembra ainda que o uso contínuo da medicação é muito importante para prevenir as crises. “O tratamento é feito em dois pilares: a medicação contínua e a medicação para momentos de crise. Quem faz o uso correto da medicação contínua tem chances muito menores de ter crises e quando as tem, elas são menos graves” alerta.

A pneumologista ainda pontua que existem mitos em relação ao uso da bombinha, que devem ser desconstruídos. “O tratamento da asma é a bombinha. Ela não vicia, não faz mal, não ataca o coração. O pneumologista deve ser um aliado dos pacientes. Por isso, outra medida muito importante é que o paciente discuta um plano de resgate com o seu médico, ou seja, o passo a passo do que fazer em casos de crise e quando é o momento de ir ao hospital”, indica Dyanne.

Para quem acha que apenas o chiado no peito é um sinal da asma, a especialista ainda pontua que os sintomas vão muito além e não devem ser negligenciados. Entre eles, estão tosse constante, falta de ar e o fôlego curto, quando a pessoa não consegue encher totalmente o peito de ar.

Por Maíra Mendonça


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