Saiba quais são os sinais de bandeira vermelha para a dor nas costas

Saúde

De acordo com ortopedista, além dos vícios posturais, a dor nas costas também pode ser sinal de doenças mais graves, como pancreatite, infecção de urina e tumores

Cerca de 80% da população em todo o mundo é afetada pela dor nas costas, sendo a mais comum aquela localizada na região lombar. É a chamada lombalgia, que na maioria das vezes está relacionada aos vícios de postura. Mas é preciso estar atento porque a dor nas costas também pode ser um sinal de outras doenças mais graves, como infecção urinária, pancreatite e até mesmo tumores.

O ortopedista Charbel Jacob afirma que existem sinais de bandeira vermelha para a dor nas costas. Ao perceber algum deles, a pessoa deve buscar um especialista e passar por avaliação o quanto antes.

“Dor persistente, quando a pessoa sente dor nas costas direto, dormência ou fraqueza nas pernas e perda de urina são sinais importantes de alerta que merecem atenção. Da mesma forma, não é normal quando uma criança se queixa de dor nas costas e isso precisa ser investigado”, pontua o especialista.

Uso de celular e computador aumenta dores

Ainda de acordo com Charbel, quando se trata de uma dor provocada por vícios posturais, na maioria das vezes o problema é decorrente de posições erradas durante a realização de atividades, como trabalho, limpar a casa, preparar a comida. Além de tudo isso, o uso cada vez mais frequente de aparelhos tecnológicos, como celular e computador vem contribuindo para o aumento das queixas, especialmente entre os jovens.

“Os jovens estão tendo dores mais cedo porque utilizam os aparelhos 80% do tempo e a posição que você usa o telefone, o computador para jogar videogame aumenta a pressão intradiscal, exige mais da sua musculatura e a pessoa acaba tendo lombalgia mecânica. Vários hábitos do cotidiano geram dor, como, por exemplo, quando a pessoa vai dormir e fica olhando o celular com o pescoço virado”, alerta o médico.

Para estes casos, o ortopedista afirma que a solução das dores está atrelada a dois fatores fundamentais: a correção da postura e à prática regular de exercícios.

“Exercícios físicos são aqueles feitos para tonificar gradativamente e apropriadamente o seu músculo. Educadores físicos e fisioterapeutas são profissionais especialistas no tema e atuam junto com a ortopedia no tratamento. Se a pessoa quer prolongar a saúde ao longo do processo de envelhecimento, é preciso fazer exercícios”.

Outra preocupação é em relação ao uso contínuo e sem prescrição médica de relaxantes musculares, que, segundo Charbel, podem acabar escondendo problemas de saúde que devem ser tratados adequadamente.

“Se a pessoa, por exemplo, jogou uma partida de futebol e sentiu alguma dor, ela pode tomar um relaxante muscular. Mas isso não deve virar rotina porque o relaxante pode estar mascarando um problema. O que a Sociedade Brasileira de Coluna e a Sociedade Brasileira de Ortopedia recomendam é que a qualquer sinal de alerta, a pessoa busque um médico para diagnóstico e tratamento corretos”, finaliza.

Por Maíra Mendonça


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