Capixabas empreendedoras apostam no associativismo para desenvolver seus negócios

05-10 | DIA NACIONAL DO EMPREENDEDOR

Em Vitória (ES), os encontros do Papo de Quinta promovem a conexão entre mulheres, que trocam experiências sobre negócios e liderança

Papo de Quinta reúne mulheres empreendedoras e que desempenham funções de liderança para falar sobre negócios e desenvolver habilidades de gestão | Foto: Divulgação

No próximo dia 5 de outubro, o Brasil celebra o Dia Nacional do Empreendedor, uma data que destaca a importância dos empreendedores no desenvolvimento econômico do país e que reconhece suas contribuições para a sociedade, principalmente no que diz respeito à geração de emprego e renda. Neste contexto, merecem destaque os negócios liderados por mulheres, uma força crescente que está transformando o cenário empresarial brasileiro.

Elas têm ocupado cada vez mais espaços, e na liderança das empresas capixabas não é diferente. De acordo com um estudo feito pela Serasa Experian, cerca de 43% das empresas capixabas ativas em 2022 eram lideradas por mulheres, colocando o Estado em terceiro lugar no ranking nacional.

O empreendedorismo feminino também tem ganhado destaque nos últimos anos, e as estatísticas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostram um aumento significativo no número de mulheres que decidiram empreender. De acordo com o Sebrae, atualmente, as mulheres representam cerca de 34% dos empreendedores no Brasil, um aumento notável em comparação com décadas anteriores.

Apesar da presença expressiva de mulheres na liderança, alguns desafios se apresentam no momento de desenvolver seus próprios negócios, como o contato com ambientes de trabalho desiguais, horários inflexíveis e salários injustos. Para elas, que normalmente já têm dupla jornada, esses são motivos cruciais para a decisão de abrir o próprio negócio. Por isso, mesmo com o aumento da atuação feminina, ainda é necessário incentivar e preparar as futuras empresárias para o mercado.

Uma das formas de incentivo ao empreendedorismo feminino são as associações de empreendedoras que visam desenvolver habilidades estratégicas e de gestão das participantes. Estes grupos ainda promovem a criação de novas redes de contato e de negócios. Exemplo disso é o “Papo de Quinta”, um grupo de mulheres empreendedoras que se reúne mensalmente para discutir negócios e liderança, além de desenvolver habilidades e competências essenciais para tocar o próprio negócio. A iniciativa proporciona um espaço seguro para compartilhar experiências, aprender com outras empreendedoras e criar conexões valiosas no mundo dos negócios.

Flávia Herkenhoff, cofundadora do Papo de Quinta, compartilha que sentia a necessidade de um espaço onde mulheres empreendedoras pudessem se unir, compartilhar suas experiências e se desenvolver juntas. “Para mim, o Papo de Quinta é a materialização de um sonho meu e da Juliana e que hoje compartilhamos com outras 48 mulheres. O Papo é um espaço seguro onde podemos falar sobre a vida pessoal e profissional, criar conexões reais e inspirar umas às outras. É incrível ver como o grupo cresceu e como ele está se tornando uma referência no mercado”, ressalta Flávia.

Ao se unirem em associações e redes, as mulheres empreendedoras podem acessar recursos, conhecimentos e oportunidades que são mais difíceis de alcançar individualmente. Essas redes também promovem a colaboração e o compartilhamento de ideias, fortalecendo ainda mais o empreendedorismo feminino no Brasil.

“O Papo de Quinta é um projeto que nasceu da vontade de criar uma comunidade forte de mulheres empreendedoras. Flávia e eu acreditávamos que as mulheres precisavam de um espaço seguro para compartilhar suas histórias, trocar conhecimentos e criar laços verdadeiros. Não queríamos apenas mais um grupo de networking, queríamos algo mais profundo e significativo. O Papo de Quinta não é apenas um sonho realizado, mas um projeto que continua a evoluir e impactar positivamente a vida das participantes”, revela Juliana Zaganelli, cofundadora do Papo de Quinta.

É importante notar que o empreendedorismo feminino não se limita a setores específicos; mulheres estão liderando negócios em diversas áreas, desde tecnologia até artesanato, do agronegócio à educação. Essa diversidade de atuação contribui para a vitalidade da economia e a inovação no mercado.

Por Paula de Paula


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