6 anos de Respeito Dá o Tom
Atualmente, a Aegea conta com 63% de colaboradores autodeclarados negros ou pardos, 19% destes estão em cargos de liderança e a meta é que esse número cresça ainda mais.
Comemorado em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra destaca a relevância de promover discussões e implementar ações voltadas para o enfrentamento do racismo e da desigualdade social no país. Além disso, é uma oportunidade para reconhecer os avanços da luta do povo negro e celebrar a diversidade cultural afro-brasileira.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 56,1% dos brasileiros são autodeclarados negros ou pardos. Apesar de representar mais da metade da população, a comunidade negra ainda é a que mais sofre com a desigualdade no mercado de trabalho e dentro do ambiente organizacional.
Em 2022, o Banco Mundial divulgou o resultado de uma pesquisa inédita indicando que 60% dos trabalhadores informais no Brasil são negros e negras. Na ponta contrária, quando o assunto é a liderança das empresas no mercado formal, apenas 6,3% dos cargos gerenciais e menos de 5% das posições executivas são ocupados por negros.
Em oposição a esse cenário de desigualdade e assumindo o compromisso de promover uma sociedade mais justa, o grupo Aegea desenvolveu o programa de diversidade e igualdade racial “Respeito Dá o Tom”. A iniciativa visa promover a equidade nas oportunidades de trabalho e contribuir com o crescimento profissional dos colaboradores que se autodeclaram pretos ou pardos, espelhando a população negra em todos os níveis hierárquicos da companhia.
No Espírito Santo, a Aegea é representada pelas parceiras público-privadas (PPP) da Cesan, Ambiental Serra, Ambiental Vila Velha e Ambiental Cariacica. As PPPs são responsáveis pela gestão do esgotamento sanitário nesses municípios.
“As estatísticas revelam que o racismo está muito presente no segmento empresarial e em toda a sociedade. É papel das empresas lutar na prática contra essas mazelas, planejando e executando projetos que reduzam a desigualdade racial dentro das organizações. O Respeito Dá o tom se alimenta do desejo por equidade e por um país mais justo,” declara Justino Brunelli, diretor-presidente da Ambiental Serra.
Criado em 2017, o programa atua em três pilares: empregabilidade, desenvolvimento e relacionamento.
Empregabilidade
No quesito empregabilidade, a empresa busca gerar oportunidades. Hoje, a organização conta com 63% de colaboradores autodeclarados negros ou pardos. Destes, 19% estão em cargos de liderança – número que está em crescimento e que logo vai atingir a meta estipulada há 6 anos atrás: atingir 27% de negros em cargos de liderança até 2030.
Desenvolvimento
Para a aplicação do pilar desenvolvimento, a Aegea tem disponibilizado, por meio do Respeito Dá o Tom, cursos de aprimoramento, oficinas de elaboração curricular e debates sobre a luta contra o racismo estrutural. No último ano, foram mais de 227 iniciativas por todo país.
Relacionamento
Em conjunto com os outros pilares, o relacionamento atua na sensibilização e conscientização dos colaboradores por meio de atividades e disseminação de conteúdos relacionados a questão racial, dentro e fora da organização.
Em 6 anos de existência, o “Respeito Dá o Tom” já recebeu diversas premiações, dentre elas o Prêmio Casos de Sucesso & ESG e o Prêmio Sim à Igualdade Racial. Além disso, recebeu o Selo de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo.
“Para além de discutimos a desigualdade racial no nosso país, precisamos construir medidas que de fato mudem essa realidade, e o Respeito Dá o Tom nasceu justamente para isso. Defender a importância de lutar contra o racismo e a inclusão, principalmente na gestão de diversos setores organizacionais, é um compromisso indispensável”, declarou Ana Paula Garcia, Coordenadora de Comunicação e Responsabilidade Social.
Por Paula de Paula
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