No marco dos 70 anos de criação da Petrobrás, comemorado neste ano de 2023, a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) realizará Audiência Pública na segunda-feira, dia 4 de dezembro, às 9h. A iniciativa, aprovada pela Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público, atende a uma solicitação feita pelo Fórum Baiano em Defesa da Petrobrás.
A audiência, que será presidida pelo deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), com a colaboração da deputada Olivia Santana (PCdoB), marcará também o lançamento de um manifesto pela renacionalização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), vendida em dezembro de 2021 para a Mubadala Capital, fundo soberano de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.
A presença da Petrobrás na Bahia é fundamental para a economia do estado e é sobre isso que falará o ex-gerente geral de Exploração e Produção na Bahia, Antonio Rivas, durante a audiência. A Petrobrás trouxe modernização e desenvolvimento para as economias locais, gerando emprego e renda onde se instalou.
Em 2023, as comemorações dos 70 anos da Petrobrás colocam em foco a reconstrução da empresa que teve vários ativos vendidos nos últimos seis anos.
Muita história
A Petrobrás foi criada em 03 de outubro de 1953, sendo motivo de orgulho para os brasileiros e brasileiras. Sua trajetória está cheia de triunfos e desafios. Desde os pioneiros visionários que acreditaram no potencial do petróleo no Brasil até as descobertas do Pré-Sal, e, recentemente, as descobertas na margem equatorial.
Ao longo dos anos, a companhia se consolidou como uma das maiores empresas da América Latina, no setor de petróleo graças ao trabalho de petroleiros e petroleiras, seu principal patrimônio
A Bahia é muito importante para a indústria do petróleo brasileira. Foi em Salvador que no dia 21 de janeiro de 1939, jorrou petróleo pela primeira vez no bairro do Lobato. Dois anos depois era descoberto, em 1941, o primeiro poço comercial de petróleo, em Candeias. Em 1950, foi inaugurada a primeira refinaria nacional, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde, Mataripe, possibilitando a criação do Polo Petroquímico de Camaçari.
Renacionalização da RLAM
A venda da RLAM foi cercada de denúncias. A Refinaria foi vendida por R$ 1,65 bilhão de dólares, cerca de R$ 8,25 bilhões. Segundo avaliações do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep), a RLAM valia pelo menos o dobro disso.
Após a privatização, os consumidores baianos vêm sendo penalizados com aumentos abusivos nos preços da gasolina, o diesel e o gás de cozinha, que estão entre os mais caros do país, perdendo apenas para a Refinaria do Amazonas, que também foi vendida.
O Fórum Baiano em Defesa da Petrobrás é integrado pela AEPET-BA, ASTAPE-BA, Abraspet, Sindipetro-BA, CEPE Stella Maris e Clube 2004.
Por Cecília Soto
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