Hospital Roberto Silvares tem primeira captação múltipla de órgãos do Estado em 2024

Foto: Divulgação

O Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares (HRAS), localizado em São Mateus, região norte do Estado, realizou, na última quarta-feira (03), a primeira captação múltipla de órgãos no Espírito Santo de 2024. Ao todo, foram captados dois rins, fígado e as duas córneas. Órgãos e tecidos ajudaram a beneficiar capixabas que aguardam por um transplante.

Para a responsável técnica da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do HRAS, Bianca Carletto, os esforços da equipe em poder realizar a captação reforçaram a importância da atuação do CIHDOTT com a família doadora e o trabalho com a Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES).

“A equipe se sentiu honrada ao realizar a captação nos primeiros dias do ano, marcando o segundo ano consecutivo em que contribuímos com a primeira captação de órgãos. Além de reforçar o nosso compromisso com a missão de salvar vidas, fortaleceu o sentimento de união e dedicação de todos os membros. Estamos motivados a continuar fazendo a diferença e proporcionar esperança às famílias receptoras”, disse Bianca Carletto.

Segundo o coordenador da comissão da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares, Diego dos Santos, iniciar o ano com um gesto de generosidade e amor da família que perdeu um ente querido para com outras pessoas que lutam pela vida ajuda a ressignificar a morte.

“A decisão da família do doador é um gesto que merece muito reconhecimento sempre, pois, ao aceitarem a doação de órgãos, eles ofereceram uma oportunidade única de vida para várias outras pessoas. Suas ações não apenas impactaram positivamente a vida dos receptores dos órgãos, mas também inspiraram uma corrente de solidariedade que transcende a dor e se torna um legado de amor e compaixão”, ressaltou Diego dos Santos.

O trabalho da equipe da CIHDOTT no acolhimento à família é essencial em todo o processo, desde a confirmação da morte, ao ‘sim’ para doação. A Comissão é composta por uma equipe multidisciplinar que acolhe a família desde a entrada do paciente no hospital, passando pela abertura da morte encefálica até o diagnóstico final. É por meio desse contato que os profissionais estabelecem um vinculo com a família, a fim de proporcionar a assistência ao longo de todo o processo.

Todo esse processo, como explica o coordenador Diego dos Santos, é mediado com apoio, transparência e acolhimento. “A equipe da CIHDOTT do HRAS, com o apoio da Central Estadual de Transplantes, busca sempre dar o máximo de apoio, transparência e acolhimento aos familiares, com o objetivo de possibilitar que a doação aconteça quando for o desejo da família, construindo assim uma ponte para que mais vidas possam ser salvas graças a atos de bem ao próximo da doação”, completou.

Em 2023, a unidade realizou seis captações de órgãos, sendo um de coração, quatro de fígados e 12 de rins. Para 2024, a expectativa da equipe é ampliar as captações de córneas por parada cardiorrespiratória.

“Estamos participando com a Central de Transplantes e o Banco de Olhos no desenvolvimento de propostas para capacitar nossos profissionais. Essa iniciativa permitirá ganhar tempo e melhor organizar as entrevistas familiares, contribuindo para salvar mais vidas por meio do transplante de córneas”, destacou Bianca Carletto.

Até a última sexta-feira (05), a Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES) contabilizou 2.339 pacientes aguardando por um órgão no Estado, sendo 1.205 para rim, 1.092 para córnea, 35 para fígado e sete à espera de um coração.

Por Syria Luppi 


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