Projeto Ao Som das Flores do Senac-ES foi destaque em evento nacional da Academia Brasileira de Artistas Florais

Fotos: Divulgação

O Projeto “Ao Som das Flores”, desenvolvido no Senac-ES, foi destaque no 14° Encontro da Academia Brasileira de Arte Floral (ABAF) que reuniu artistas florais de todo o Brasil. A Instrutora de Educação Profissional, Bianca Corona, esteve no evento e apresentou o projeto que acolhe pessoas surdas e qualifica profissionais para atuação como florista.

O evento aconteceu em Holambra, no estado de São Paulo, entre os dias 30 e 31 de janeiro, na Escola Brasileira de Arte Floral, que é reconhecida por formar profissionais e ainda proporcionar troca de experiências e conhecimentos no segmento artístico floral. Durante o encontro, o evento contou com um painel de apresentação totalmente dedicado ao projeto “Ao Som das Flores”. 

O Projeto é pioneiro no país e foi idealizado pela Instrutora do Senac-ES, Bianca Corona, e o renomado Artista Floral, Tanus Saab, com foco na promoção e na inclusão de pessoas surdas por meio da Educação Profissional. A iniciativa estimula a valorização da diversidade e quebra barreiras da linguagem na vida daqueles que enfrentam desafios por causa da ausência de acessibilidade.

Segundo a Instrutora do Senac-ES, Bianca Corona, a divulgação da iniciativa pode gerar resultados expressivos. “O sucesso do Ao Som das Flores em Holambra sinaliza um destino promissor com a expansão do projeto para outros estados, contribuindo consequentemente para a construção de um mercado de trabalho mais diversificado e inclusivo em todo país”, disse.

O encontro foi realizado pela Academia Brasileira de Artistas Florais (ABAF). Fundada em 20 de janeiro de 2004, é uma entidade sem fins lucrativos dedicada a apoiar e profissionalizar os floristas brasileiros. Focada na melhoria de técnicas e na promoção da arte floral, a associação não busca impor regras, mas organizar ideias e defender os interesses da classe em território nacional.

De acordo com o Relatório Mundial da Audição da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2021, são 1,5 bilhões de pessoas com algum grau de surdez. As estimativas da OMS indicam que até 2050 pelo menos 900 milhões de pessoas possam desenvolver a condição. No Brasil os números são inferiores, porém expressivos e exibem um cenário distante da realidade para quem busca oportunidades iguais.

Ainda que o uso da Língua Brasileira de Sinais tenha como base a Lei nº 10.436, implementada desde 2022, muitas pessoas enfrentam dificuldades para acessar serviços básicos no cotidiano oferecido por empresas, entidades e até mesmo órgãos públicos. Evidenciando a urgente necessidade na disseminação do conhecimento em Libras e também na oferta de inclusão e acessibilidade.

Por Sergio Filho


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