Alerta sobre Enxaqueca: auras podem provocar sintomas visuais ou outras alterações sensoriais

Foto: Divulgação

Caracterizada por uma sensação ou um grupo de sinais que as pessoas experimentam antes da enxaqueca, a aura é um alerta para o corpo da chegada da dor. Segundo estudos, cerca de 20% das pessoas que sofrem com esse tipo de dor de cabeça passam por essa fase preliminar, considerada uma manifestação clínica inicial do quadro.

O neurologista Daniel Escobar explica que estes sinais que o paciente tem antes da crise de enxaqueca são caracterizados por sintomas neurológicos visuais ou sensoriais. Estas manifestações da aura vêm de um fenômeno conhecido como depressão alastrante cortical, que altera o fluxo sanguíneo em partes do cérebro e libera neurotransmissores, ativando diferentes vias sensoriais.

“É a localização desse fenômeno no cérebro que determinará os sintomas específicos da aura. A onda de depressão alastrante pode ocorrer na área visual, fazendo com que o paciente tenha alterações na percepção visual, vendo linhas onduladas, padrões de zigue-zague e flashes de luz; ou em áreas responsáveis pela sensação, que podem causar formigamentos ou dormência em partes específicas do corpo”, exemplifica Escobar.

O importante, segundo o médico, é o paciente reconhecer o processo para tentar aliviar os sintomas da crise de enxaqueca que virá na sequência. “A aura pode durar entre cinco e 60 minutos. Neste período o ideal é que o paciente já procure relaxar e ficar em ambientes mais calmos e escuros, além de aumentar a ingestão hídrica, o que irá ajudar a amenizar a dor de cabeça intensa que está iminente”, recomenda o neurologista.

A enxaqueca é uma dor de cabeça crônica que normalmente acomete apenas um lado da cabeça, é pulsátil e tem duração de quatro até 72 horas. Pode ser desencadeada por diversos fatores como estresse, privação de sono, jejum prolongado e consumo de bebidas alcoólicas, entre outros. O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica detalhada do paciente. Além do tratamento medicamentoso, a mudança de hábitos de vida também tem impacto na melhoria das crises.

Por Lyvia Justino


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