Poeta Castro Alves é homenageado na Ales

Solenidade foi no Auditória Hermógenes da Fonseca | Foto: Mara Lima

Com o Auditório Hermógenes Lima Fonseca lotado de acadêmicos e admiradores da literatura, a Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores prestou homenagem aos 177 anos do nascimento do poeta abolicionista baiano Castro Alves. 

Durante o evento realizado na noite de quinta-feira (14), na Assembleia Legislativa, houve ainda solenidade de posse de três novos acadêmicos titulares e um infanto-juvenil – a poetisa Larissa Alessandra Dórea Reis, de 12 anos. 

Larissa disse que despertou para o mundo das letras aos 7 anos, inspirada por sua avó, Sandra Lúcia de Souza Santos – uma das três novas acadêmicas titulares. 

“Após participar com ela (a avó) do lançamento de Antologia Interfaces de Amor e Paz (obra poética) em Salvador (BA), fiquei encantada com as pessoas declamando poemas. Quando cheguei à minha casa comecei a declamar também”, contou. 

Estudante do 7º ano do ensino fundamental, Larissa contou que, a partir de 2019, começou a participar nas férias escolares, juntamente com a avó Sandra Lúcia, das Antologias da Confraria de Artistas e Poetas pela Paz (Cappaz) – entidade cultural da capital baiana. 

Assim como a neta, Sandra nasceu em Salvador. É poeta, escritora, compositora, pesquisadora, professora e advogada, com formação em Ciências Biológicas e Direito. 

“Desde 1984 tenho participado de movimentos culturais, pedagógicos e literários, quando iniciei publicações em coletâneas de poesia, e participando de feiras literárias no Brasil e no exterior”, relatou Sandra. 

Além de Sandra Lúcia, houve também a posse como titulares da entidade as acadêmicas Fabíola Vasconcellos Patta Sampaio e Marinalha de Jesus Chamone. 

Dezessete acadêmicos correspondentes e dois beneméritos também foram empossados na solenidade. 

O presidente da Academia, Clério Borges, explicou que os confrades correspondentes da instituição residem em outras cidades brasileiras e até no exterior. 

“São pessoas ligadas ao mundo das letras, que gostam de escrever poemas e literatura em geral, que são ligadas à nossa academia por vínculo afetivo”, explicou Clério. 

A homenagem aos 177 anos de nascimento do poeta abolicionista baiano contou com a entrega da Comenda Defensor da Democracia e da Liberdade Castro Alves a 17 integrantes da Academia de Letras. 

Clério Borges destacou que se tratava de um dos principais eventos da instituição previstos para este ano, já que serviu também de comemoração aos 44 anos de fundação do Clube dos Trovadores Capixabas (CTC) – entidade que antecedeu a Academia Capixaba de Letras e Artes dos Poetas Trovadores. 

Sobre Castro Alves, o acadêmico afirmou se tratar de um dos ícones da cultura nacional e referência internacional na luta pelo fim do regime escravocrata. 

“Eventos como este que estamos realizando servem para manter viva a chama acesa por Castro Alves; a sua indignação com todas as formas de opressão e discriminação”. 

Nesse contexto, lembrou, o poema “Navio Negreiro” é uma marca do legado deixado pelo poeta, dada a sua importância politica e também histórica. 

Por Wanderley Araújo


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