Técnico do time Rio Branco, Rodrigo César, afirma ter sido vítima de racismo

O relato do técnico do time do Rio Branco, Rodrigo César, sobre ter sido vítima de racismo na tarde do último domingo (17), durante jogo contra o Nova Venécia, no estádio Kleber Andrade, em Cariacica, região metropolitana do Espírito Santo, repercutiu no Plenário. 

Um torcedor da própria equipe do Rio Branco, que estava posicionado nas arquibancadas atrás do banco de reservas, teria ofendido o técnico chamando-o de “macaco” e “preto burro”. 

A presidente da Comissão dos Direitos Humanos, deputada Camila Valadão (Psol), pediu que ficasse registrado em plenário o repúdio dela contra a atitude e a solidariedade a Rodrigo, considerando intolerável esse tipo de ofensa. 

Deputada Camila Valadão – Sessão Ordinária | Foto: Ellen Campanaharo

Camila lembrou que há, inclusive, norma aprovada pela Ales que combate o racismo no âmbito do Espírito Santo. “Há pouco estava até conversando com o deputado Lucas (Scaramussa), que é um dos autores da lei, e falávamos da importância da sanção pelo governo do Estado”, disse.

O deputado Alexandre Xambinho (Podemos) disse conhecer Rodrigo desde a infância, quando conviveram no bairro Barcelona, na Serra, e também manifestou solidariedade ao técnico. 

“Um atleta exemplar, que foi jogador profissional, do time de ouro do Internacional na época do Alexandre Pato. Não podemos deixar que isso fique impune”, cobrou Xambinho, chamando Rodrigo César de “um amigo de coração”.  

O presidente da Casa, deputado Marcelo Santos (Podemos), também prestou solidariedade ao técnico e relatou que já sentiu o peso do racismo na própria família já que o pai dele, o falecido ex-deputado federal e ex-prefeito de Cariacica, Aloízio Santos, sofreu racismo em hotel por ser negro. 

Marcelo explicou que a medida citada por Camila Valadão aprovada pela Casa se trata de uma compilação de várias iniciativas  num trabalho liderado pelo deputado Lucas Scaramussa (Podemos). 

Por Wanderley Araújo


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