Verão Laranja: câncer de pele tem 90% de cura quando detectado precocemente

Câncer com maior incidência no ES pode ser prevenido com simples atitudes

Com a chegada do verão, é preciso estar alerta sobre os cuidados necessários para prevenção do câncer de pele, o tumor mais comum no país. Mais de 90% dos casos são provocados por exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol. O contato direto com raios nocivos aumenta em até 10x o risco de câncer de pele. Por isso, é preciso redobrar os cuidados nos meses mais ensolarados do ano. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer com maior índice de casos no Espírito Santo é o de pele não melanoma. São 3.600 casos em 2020. Soma-se a isso mais 80 casos de câncer de pele melanona no mesmo período. O total alcança o número de 3.760 registros. No Brasil, 30% de todos os tumores malignos correspondem ao câncer da pele. 

O Espírito Santo possui características históricas que aumentam a incidência de casos. É um Estado litorâneo com imigração europeia e com grande número de trabalhadores expostos ao sol na cadeia produtiva da agricultura.

Prevenção é o melhor caminho

A oncologista da Oncoclínicas ES Juliana Rocha lembra que a melhor forma de combater o câncer de pele é a vigilância ativa para identificação de possíveis sinais de alerta e o foco na prevenção. “Os cuidados diários fazem toda diferença para evitar a doença.  O uso de protetor deve ser parte da nossa rotina essencial. No verão, os cuidados devem ser redobrados.”, alerta a oncologista.

Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença. Por isso é preciso ficar atento aos sinais.

Fique atento aos sintomas

Entre os sintomas do câncer de pele não-melanoma estão a presença de lesões cutâneas com crescimento rápido, feridas que não cicatrizam e que podem estar associadas a sangramento, coceira e, algumas vezes, dor. “Esses sinais geralmente surgem em partes do corpo que costumam ficar mais expostas ao sol, tais como rosto, pescoço e braços”, destaca Juliana Rocha.

Já os indícios do câncer de pele do tipo melanoma – cuja incidência representa apenas 3% dos casos dos tumores de pele, mas com um grau elevado de agressividade, o que eleva suas chances de letalidade – costuma se manifestar através de pintas escuras que apresentam modificações ao longo do tempo.

“Quando descoberta em fase inicial, a indicação é que seja realizada a ressecção cirúrgica das lesões por especialista habilitado para adequada abordagem das margens ao redor do tumor”, afirma a oncologista.

Cinco atitudes que fazem diferença

O que determina maior risco de incidência de câncer de pele é o índice ultravioleta (IUV), que mede o nível de radiação solar na superfície da Terra. Quanto mais alto, maior o risco de danos à pele. Esse índice é mais alto no verão. Confira abaixo cinco atitudes que fazem diferença na prevenção ao câncer de pele.

1 – Mesmo em dias nublados, sempre use protetor solar – proteção solar (FPS) 30, no mínimo.

2 – Use chapéu e óculos escuros em ambientes externos.

3 – Observe regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.

4 – Evite a exposição prolongada diretamente à luz solar, especialmente entre às 10 h e 16 h, quando a luz UV é mais intensa.

5 – Na praia ou na piscina, use barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.

Por Benahia Figueiredo | P6 Comunicação


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