I Encontro Nacional de Gestores da Cultura debate a democratização das políticas públicas culturais no país

Foto: Divulgação

Teve início nesta segunda-feira (14), o I Encontro Nacional de Gestores da Cultura, evento histórico que tem o objetivo de promover um amplo dialogo entre gestores municipais, estaduais e federais de cultura, seus fóruns e entidades representativas sobre politicas públicas de cultura, o seu acesso às ações de fomento e a articulação de pautas do setor. 

No evento, que está acontecendo no Teatro Universitário, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus de Goiabeiras, em Vitória, e segue nesta terça-feira (15), estão sendo realizadas 20 atividades entre palestras, minicursos, debates e encontros temáticos, além da participação especial de diversos convidados.

Após as boas-vindas do reitor da Universidade Federal do Espírito Santo, Paulo Vargas, e as apresentações musicais do grupo Serenata D´Favela e do cantor Silva, a primeira mesa do dia trouxe a palestra “Diálogos Necessários 1 – Cultura: uma estratégia para o Brasil. A transversalidade da Cultura como potência” e contou com a presença do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande; da ministra da Cultura, Margareth Menezes; do secretário de Estado da Cultura e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, Fabricio Noronha; e da presidente do Fórum Nacional de Secretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados, Eliane Parreiras.

Em sua fala, o governador Renato Casagrande enfatizou a importância da diversidade de representações no evento.  “O Encontro de Gestores promove tanto o fortalecimento de sistema nacional de cultura quanto a mobilização pelo Estado. Esse evento demonstra como estamos construindo uma real política pública de cultura, elaborando conselhos pelo Estado, formando gestores e levando o acesso”, destacou Casagrande.

Fabricio Noronha agradeceu a participação de todos e destacou o momento de reflexão, de construção coletiva e como o encontro auxiliou nesse processo. “Estamos diante de uma oportunidade histórica para a cultura, com um grande volume de recursos das leis federais e muitos desafios pela frente. Juntos vamos reconstruir e fortalecer as políticas públicas. Temos hoje marcos legais importantes e inovadores, como nunca tivemos antes e precisamos agora mergulhar no Brasil profundo, com políticas que atendam a todas as regiões, produzam oportunidades e transformem nosso país. A força da cultura nos dará essa energia. A cultura é estratégica para o desenvolvimento do Brasil e a transformação dos territórios”, afirmou.

Para a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o Encontro une a oportunidade de diversas representações atuarem como uma ponte entre o projeto de Estado e as pessoas das cidades. “A presença de todas e todos aqui demonstra o sentimento, a atenção e o senso de responsabilidade de cada uma e cada um para fazer parte desse grande encontro. Estão verdadeiramente demonstrando um compromisso com o que se propõe. O momento que estamos atravessando significa o voto de confiança e a esperança no futuro. Temos que agarrar essa oportunidade e estamos indo nessa direção”, frisou.

Logo após as falas da mesa, a ministra do Supremo, Cármen Lúcia, realizou a palestra “Garantia dos Direitos Culturais no atual contexto brasileiro”, destacando a cultura como um direito fundamental e constitucional, e como o estado precisa auxiliar no acesso das políticas do setor aos cidadãos.

“Cultura é a tradução da alma de um povo. E ela é um direito fundamental, porque nós temos a dignidade humana. A humanidade produz e se reinventa culturalmente. A Constituição cumpre a função de determinar ao Estado que a todos garanta o exercício desse direito. A cultura é democrática por si. Mais que democratizar a cultura, temos que culturalizar a democracia.”

Por Tiago Zanoli 


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